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Após polêmica sobre censura, Centro de Arte Hélio Oiticica será reaberto – saiba quando

Exposição contará com cinco obras inéditas do artista e encerra de vez o imbróglio vivido entre seus familiares e a prefeitura

Por Renata Magalhães
Atualizado em 23 set 2021, 15h35 - Publicado em 23 set 2021, 15h32

Boa notícia: o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica irá reabrir no Dia Nacional da Cultura, comemorado em 5 de novembro, com uma exposição que contará com cinco obras inéditas do artista. Entre elas, estão duas instalações pertencentes às séries Subterranean Tropicalia Projects e Magic Square.

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Os penetráveis inéditos serão expostos nos arredores do equipamento cultural – na rua Imperatriz Leopoldinense e na Praça Tiradentes. Ambos poderão receber intervenções artísticas das mais diversas áreas, de grafite a espetáculo de dança.

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“Não se trata apenas de uma exposição, mas uma nova proposta, principalmente o diálogo entre o trabalho do Hélio e o Rio”, afirma César Oiticica Filho, sobrinho de Hélio e gestor do seu legado.

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Por enquanto, somente os dois primeiros andares do imóvel serão reabertos. No primeiro, o público poderá testemunhar processos artísticos de Oiticica, entre croquis, plantas, documentos, desenhos e maquetes – uma delas referente a uma obra de 1960, do gigantesco projeto Cães de Caça. Ali também estará o primeiro penetrável do artista, o PN1, criado em 1960, com paredes que se movem e convidam à participação.

No segundo andar, estarão em exposição algumas obras do artista pertencentes à família. O penetrável Nas quebradas, de 1978, foi feito em São Paulo, um processo criativo ao qual o artista denominava “delírio ambulatório”.

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Isso significa que ficou para trás o imbróglio vivido entre a prefeitura e os parentes do artista carioca, que chegaram a pedir a retirada do nome dele do espaço depois que a Secretaria Municipal de Cultura suspendeu a exposição Todxs xs santxs – renomeado – #eunãosoudespesa. Tudo por conta de uma obra que trazia uma imagem da Virgem Maria com órgão masculino. O ato foi considerado censura e desagradou os familiares.

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Com a saída de Marcelo Crivella e a chegada do Secretário Municipal de Cultura, Marcus Faustini, que teve como uma de suas primeiras ações na pasta propor uma conversa a César, a situação foi revertida.

“A obra de Hélio Oiticica, além de referência artística na história do Brasil, é necessária para os tempos de retomada da cultura por ser um convite à interação. Precisamos criar condições para a arte chegar bem perto das pessoas. Esse é o grande lema do novo tempo da cultura no pós-pandemia”, conclui Faustini.

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