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Teatro on-line: Camila Pitanga se arrisca em monólogo musical

Atriz define Matriarquia em Processo como um “poema cênico musical performático”. Transmissão gratuita acontece neste domingo (7)

Por Marcela Capobianco
3 mar 2021, 12h46
Camila Pitanga ao lado de tubos com luz
Matriarquia: Camila Pitanga usou as próprias vivências para pensar o monólogo musical (Divulgação/Divulgação)
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Camila Pitanga é mais uma artista a “se jogar” na experiência do teatro pela internet, descobrindo as dores e as delícias de se apresentar para um público invisível, mas engajado, que pode estar em qualquer lugar do mundo.

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Neste domingo (7), ela estreia Matriarquia em Processo, performance transmitida diretamente da casa da atriz, no Rio. Idealizado por Camila Pitanga e Lucia Gayotto, o espetáculo nasceu a partir das vivências da atriz, da situação do mundo contemporâneo, da pandemia e, claro, do encontro de suas criadoras.

Camila define a experiência como um “poema cênico musical performático”. Acompanhada do musicista Luiz Gayotto, ela interpreta a agente de saúde Stela, uma mulher que, submetida a um constante estado de vigília, passa a ter delírios auditivos, reencontrando a própria mãe no fundo das próprias memórias e dialogando com a filha.

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Neste momento, a narrativa da personagem conecta-se às memórias da própria atriz. “Quem me conhece pode reconhecer fatos da minha história, mas Matriarquia é uma voz universal. Quem nunca se trancou no quarto ou não teve dificuldades de comunicação?”, questiona Camila. O texto é de Dione Carlos e a direção é de Cristina Moura.

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Camila Pitanga na frente de uma projeção na parede de foto da própria mãe
Matriaquia: na sala de casa, Camila Pitanga dança, canta, atua e descobre o teatro on-line (Divulgação/Divulgação)
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Camila e Lucia Gayotto inicialmente pensaram em encenar um texto já existente, mas a pandemia fez com que elas desenhassem a obra atual. “As notícias sobre profissionais de saúde que estão na linha de frente contra a Covid-19 mexeram muito com a gente. Entendemos, então, que a personagem principal seria uma agente de saúde”, conta Lucia.

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“Ensaiávamos de dentro de nossas casas, então foi como se estivéssemos realmente visitando nossas intimidades. Camila já tinha o desejo de cantar e dançar em cena e eu sempre escrevo pensando no texto como uma partitura musical, feito para ser cantado. Criei uma estrutura dramatúrgica pensando nos dramas negros, em que as narrativas são encenadas pelas ruas, de cidade em cidade, com cânticos e danças”, explica Dione.

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A estreia pode ser conferida neste domingo (7), às 19h, gratuitamente pelo canal do YouTube do Sesc São Paulo. A atriz deve levar o espetáculo para uma outra plataforma on-line nos próximos meses.

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