De Angelo Venosa a belezas da Mangueira, novas exposições para ver no Rio
Toz na Movimento, homenagem aos 80 anos de Luiz Aquila na Cidade das Artes, trés mostras na Anita Schwartz e seis exibições no FotoRio são outras estreias
Angelo Venosa, Escultor
Com curadoria de Paulo Venancio Filho, a mostra traça um panorama da obra de Venosa (1954-2022), considerado o maior escultor da Geração 80. Seus trabalhos são feitos tanto em materiais recorrentes na escultura tradicional, como o bronze, o mármore, o aço e a madeira, quanto itens como ossos, dentes de boi, piche, areia, cera de abelha, bandagem, filamentos de café, galho de árvore, breu, fibra de vidro, gesso, tecido e arame. A partir de um período, incorporou a impressora 3D à sua prática. A exposição traz obras suspensas, de parede ou de chão, incorporando luz e sombra como parte do trabalho.
Instituto Casa Roberto Marinho. Rua Cosme Velho, 1105. Ter. a dom., 12h/18h. R$ 5,00 a R$ 10,00. Grátis às quartas. Aos domingos, ingresso a R$ 10,00 para grupos de quatro pessoas. Ingressos na bilheteria. De 25 de agosto a 12 de novembro.
Anita Schwartz Galeria de Arte
Três novas exposições ocupam o espaço. Pedra Latente, de Rodrigo Braga, traz desenhos e fotografias que aprofundam e radicalizam sua pesquisa iniciada em 2017, no Cariri cearense e nas regiões de pedras calcárias na França, onde vive desde 2018. Pequeno Ato traz quatro esculturas em aço inéditas de Michelle Rosset, criadas especialmente para a galeria. Inspirada pela Carta a Mondrian, escrita por Lygia Clark (1920-1988), em 1959, quinze anos após a morte de Piet Mondrian (1872-1944), ela funde aspectos dos trabalhos dos dois artistas. E Sob a Luz de Outros Sóis traz pinturas recentes de Esther Bonder, em que a artista celebra a natureza em paisagens exuberantes.
Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea. Abertura: Qua. (23), 19h/21h. Visitação: Seg. a sex., 10h/19h. Sáb., 12h/18h. Grátis. De 23 de agosto a 21 de outubro.
Artesania Ancestral Nos 95 Anos de Mangueira
A exposição conta a história dessa que é uma das escolas de samba mais emblemáticas do Carnaval brasileiro. Ao som de Cartola e Jamelão, dois ícones da Verde e Rosa, o público poderá conhecer a evolução do trabalho dos artistas da agremiação, que chega a mobilizar mais de 300 artesãos ao longo do ano. Divididos em oito ambientes, os trabalhos vão de fantasias e adereços feitos à mão nas décadas de 20 e 30 a grandes peças de alegorias montadas para os atuais desfiles das escolas de samba no Sambódromo. A curadoria é de Célia Domingues.
Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB). Praça Tiradentes, 69/71, Centro. Ter. a sex.,10h/17h. Grátis (mediante documento com foto).
Em Torno dos 80
Em homenagem às oito décadas de Luiz Aquila, a coletiva reúne obras do artista e de trinta outros nomes da chamada Geração 80, que conviveram e foram influenciados por ele na Escola de Artes Visuais do Parque Lage na década de 80, quando o pintor foi professor da instituição. Com curadoria de Monica Xexéo, a exposição apresenta trabalhos de Anna Bella Geiger, Beatriz Milhazes, Clara Cavendish, Daniel Senise, Jorge Guinle, Rubens Gerchman e Xico Chaves, entre outros.
Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra. Ter. a dom. e fer., 10h/18h. Grátis. De 26 de agosto a 8 de outubro.
FotoRio 2023 — Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro
O evento inaugura seis mostras simultâneas, que abordam temas da contemporaneidade. O vídeo Exumação Em Conversa, da austríaca Belinda Kazeem-Kaminski, parte da pesquisa do etnólogo Paul Schebesta antigo Congo Belga (hoje República Democrática do Congo) para pensar as marcas do colonianismo no lugar. Nenhum Poder de Pedra que Estanque o Jorro das Gotas Sedentas Por Ver o Sol, de Gal Cipreste em diálogo com o estilista
Guto Carvalhoneto, no projeto Gal e Hiroshima (GH), parte de suas experiências pessoais para refletir sobre a existência de pessoas LGBTQIA+ que navegam entre gêneros. Mato Adentro é parte da documentação sobre feita por Federico Rios Escobar no interior da Colômbia e aborda temas da região, como o conflito armado, a dificuldade de conexão e transporte e as questões de gênero. Peixe Grande é um trabalho autobiográfico do iraniano Morteza Niknahad sobre sua convivência com a depressão da sua mãe. Pontes Sobre Abismos, de Aline Motta, é sobre a família da autora, mas poderia ser sobre qualquer família negra. Nele, ela estabelece pontes com seus antepassados e suas raízes africanas. De Frente, da francesa Camille Gharbia aborda o feminicídio conjugal por meio de objetos corriqueiros e pessoas comuns.
Centro Cultural Justiça Federal (CCJF ). Av. Rio Branco, 241, Centro. Abertura: Sáb. (26), 15h. Ter. a dom., 11h/19h. Grátis. De 26 de agosto a 15 de outubro.
Permutações Cromáticas
Conhecido pelo trabalho no grafite e na toy art, Toz apresenta a mostra, em que parte para a arte abstrata, explorando elementos geométricos e campos cromáticos. O ponto de partida foi sua obra Os Vendedores de Alegrias, inspirada nos ambulantes que vendem bolas de plástico na praia, com seus círculos coloridos. Entre as novas criações, está a série Todas as Cores, que traz telas com círculos em contrastes cromáticos. A curadoria é de Vanda Klabin.
Movimento. Rua dos Oitis, 15, Gávea. Ter. a sex., 11h/19h. Sáb., 13h/18h. Grátis. De 23 de agosto a 23 de setembro.
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