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Efeito ômicron: setor de transportes afasta funcionários por suspeita de Covid

Ao menos 110 funcionários da SuperVia foram afastados de suas funções na última semana. Quase 70% das empresas fluminenses estão com até três afastados

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 jan 2022, 11h42 - Publicado em 18 jan 2022, 11h38
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Supervia: concessionária ameaçava interromper suas atividades a partir de julho, descumprindo cláusulas contratuais com o poder concedente, segundo a PGE (Supervia/Divulgação)
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Um levantamento realizado pela Agência Brasil aponta como a variante Ômicron do novo coronavírus afetou a vida dos moradores do estado do Rio em setores essenciais para o funcionamento das atividades econômicas, como transporte urbano, abastecimento e o setor bancário.Efeito ômicron: setor de transportes afasta funcionários por suspeita de CovidEfeito ômicron: setor de transportes afasta funcionários por suspeita de Covid

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Até a última sexta (14), 110 funcionários foram afastados de suas funções, segundo informou nesta segunda (17) a SuperVia – empresa que administra trens urbanos no estado.

Em nota, a empresa  esclareceu que, devido ao aumento de casos de sintomas semelhantes aos da Covid-19 entre colaboradores nos últimos dias, precisou afastá-los das atividades. “O esgotamento dos testes nas redes de saúde pública e particular atrasa o retorno desses colaboradores às atividades”, informou o comunicado.

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Desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020, a SuperVia tem adotado medidas para evitar a proliferação da doença entre seus colaboradores, como a utilização de máscaras e álcool em gel, mas os casos, no entanto, voltaram a ocorrer em função da nova variante do coronavírus, lamentou a companhia.

Metrô e ônibus

Da mesma forma, o MetrôRio relatou que, com o aumento de casos de síndromes gripais ou Covid-19, os funcionários que apresentarem sintomas das doenças serão afastados por tempo definido pelos protocolos dos órgãos de saúde, sendo acompanhados pela equipe de saúde da concessionária. Apesar dessa situação, a operação segue em funcionamento.

A assessoria de imprensa da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) informou à Agência Brasil que a entidade não tem balanço consolidado do setor, uma vez que os dados são gerados por cada empresa.

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Supermercados

Também em nota, a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) informou que o setor supermercadista está preparado para trabalhar com um número reduzido de colaboradores, em função da variante Ômicron, como aconteceu no início da pandemia. A entidade não tem registro de fechamento de nenhuma loja devido ao afastamento de funcionários.

“Os supermercados inclusive reforçaram os estoques, para que não haja qualquer tipo de desabastecimento, o que não aconteceu em nenhum momento da pandemia. A Asserj está acompanhando de perto o trabalho do setor e assegura que a população fluminense pode ficar tranquila quanto ao funcionamento dos supermercados”, detalhou o comunicado emitido pela associação.

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A superintendente da Asserj, Keila Prates, disse que o setor ainda está trabalhando com o número elevado de contratações do final do ano. Embora ela não tenha o quantitativo dos afastados pela Ômicron, garantiu que não é expressivo e “não está gerando nenhum tipo de complexidade na operação” das empresas.

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Comércio

Novo estudo da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) revela que 58,7% dos empresários fluminenses registraram funcionários afastados por conta da variante Ômicron na última semana, representando expansão de quase 20 pontos percentuais em relação ao estudo anterior, feito no dia 6 de janeiro.

Desse total, 68,3% dos empresários estão com até três funcionários afastados por conta da variante. Outros 41,3% dos empresários não tiveram funcionários afastados no período.

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A sondagem foi realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) para saber o impacto da variante Ômicron no comércio de bens, serviços e turismo do estado. Iniciado em 13 de janeiro, com a participação de 268 empresários do estado, o estudo foi concluído na segunda (17).

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O diretor do IFec RJ, João Gomes, avaliou que, “ainda assim, podemos afirmar que não existe chances de paralisação do setor de forma geral, tendo em vista que no comércio de bens, serviços e turismo, mesmo com um percentual elevado de empresas impactadas, o número de funcionários afastados para quase 70% desses estabelecimentos ficou em no máximo três trabalhadores, lembrando que o menor porte de empresas pode chegar a um número de até nove vínculos empregatícios”.

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A pesquisa também avaliou o impacto para o comércio de bens, serviços e turismo do estado do Rio e apurou que 60,5% dos consultados registraram algum tipo de prejuízo, seguidos por 23,1% que não tiveram nenhum prejuízo e 16,4% que registraram pouco impacto.

Para o presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio), Aldo Gonçalves, embora não se saiba com exatidão o total de comerciários afastados pela Ômicron, o número é bastante razoável.

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“De qualquer maneira, isso causa prejuízo para o comércio, porque as pessoas ficam com medo de sair de casa, ficam mais retraídas. Embora essa variante não seja letal, ela é muito contagiosa. Isso deixa as pessoas receosas de circularem”, manifestou na segunda (17) à Agência Brasil. O comércio da capital fluminense estima perda de 30% do movimento normal, “no mínimo”.

Bancos

Procurada pela Agência Brasil, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) reiterou que “os bancos brasileiros têm assegurado as condições de um ambiente de trabalho com o máximo de proteção à saúde tanto para os funcionários quanto para os clientes, tendo adotado protocolos rígidos de proteção sanitária”.

A entidade informou que, nos casos de contaminação confirmada, as agências passam por um processo de higienização. “Esses fechamentos variam diariamente e podem ocorrer por algumas horas ou até um dia, de acordo com o tamanho da agência”, explicou.

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Segundo a federação, eventuais fechamentos para sanitização “não comprometem o atendimento bancário”. A Febraban garantiu, ainda, que “não há qualquer prejuízo na prestação de serviços financeiros e bancários à população.”

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