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É campeã: Samantha Aquim, do Chocolate Q, é a chocolatière do ano

A matéria-prima nacional serve de base para criações que são verdadeiras joias de cacau

Por Carolina Barbosa
Atualizado em 25 out 2021, 12h03 - Publicado em 22 out 2021, 06h00
Chocolatière do ano
Samantha Aquim: suas receitas acabaram ganhando o mundo e conquistaram paladares exigentes, que vão da rainha Elizabeth II ao estreladíssimo Alain Ducasse (Tomas Rangel/Veja Rio)
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Chocolatière do ano
Samantha Aquim: suas receitas acabaram ganhando o mundo e conquistaram paladares exigentes, que vão da rainha Elizabeth II ao estreladíssimo Alain Ducasse (Tomas Rangel/Divulgação)

Como ganhar tantas láureas por seu chocolate sem nunca ter visto um pé de cacau? Anos atrás, a pergunta chacoalhou as bases de Samantha Aquim, no comando de uma das mais elegantes casas dedicadas ao assunto na cidade e já premiadíssima por seus bombons elaborados com matérias-primas belga Callebaut e francesa Valrhona. “Naquela hora me senti uma fraude”, recorda. O questionamento fez a chef embarcar em uma viagem pelas fazendas de cacau do sul da Bahia. “Eu me encantei, meu coração ficou naquele lugar. Voltei de lá outra pessoa.” A partir do contato com o fruto tropical, há treze anos, ela resolveu enveredar pelas pesquisas, largou os insumos importados e aderiu à confecção de barras de “origem”, num movimento pioneiro por estas praias. A receita carioca acabou ganhando o mundo e conquistando paladares exigentes, que vão da rainha Elizabeth II ao estreladíssimo Alain Ducasse, autor inclusive do prefácio do recém-lançado A Invenção do Sabor, sobre a deliciosa saga da família e do cacau baiano. Na pandemia, Samantha não se deixou paralisar: a marca abriu as portas no Leblon e ampliou o portfólio de delícias através de criações mais ousadas para muito além dos tabletes.

É campeã: Samantha Aquim, do Chocolate Q, é a chocolatière do ano
Preciosidades: as joias comestíveis do Chocolate Q (Tomas Rangel/Veja Rio)

No salão delicadamente decorado, que remete a uma saborosa biblioteca repleta de obras comestíveis, estão espraiados cerca de 120 produtos. Os trunfos da chef de 44 anos, à frente da empreitada ao lado da mãe (Luiza) e dos irmãos (Rafael e Rodrigo), passam pelo chocolate recheado de fina camada de geleia de goiaba (R$ 185,00, 200 gramas); o bombom com doce de leite (R$ 130,00, doze unidades), servido ao papa Francisco em visita ao Rio, em 2013; e o imperdível croc (R$ 120,00, 200 gramas), elaborado com chocolate amargo 63% cacau, azeite de abacate, amêndoas de cacau e pedacinhos de biscoito. De aroma e sabor apurado, os quadradinhos de recheio cremoso e crocante revelam nuances a cada mordida, com dulçor na medida certa. Difícil resistir. Chocolate Q. Avenida Ataulfo de Paiva, 1120, loja E, Leblon (entrada pela Rua Rainha Guilhermina),2274-1001 (8 lugares). 10h/20h (fecha dom.). https://www.chocolateq.com. Aberto em 2012.

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