Quinze espumantes nacionais por menos de 100 reais
Com a ajuda de três sommeliers, elencamos os melhores rótulos à venda no Rio
Não é de hoje que os espumantes brasileiros gozam de prestígio entre especialistas. Em áreas frias e de pouca insolação, como a Serra Gaúcha, a uva consegue amadurecer completamente, mantendo a acidez alta, característica ideal para a produção desse tipo de vinho. Não à toa, a região é a principal produtora do país e deverá ter, em 2018, a primeira denominação de origem para espumantes do Hemisfério Sul — assim como Champagne, na França, a cidade de Pinto Bandeira terá a qualidade de seus rótulos reconhecida oficialmente. Com a ajuda de produtores obstinados como Adolfo Lona e Mario Geisse, os espumantes nacionais já figuram entre os melhores do mundo, vencendo concursos internacionais. “A qualidade média dos nossos produtos costuma ser alta. Isso quer dizer que, quando se compra uma garrafa brasileira, mesmo no escuro, a chance de acertar é muito grande”, atesta o sommelier Marcelo Copello, que todo ano comanda a Grande Prova de Vinhos do Brasil, monumental degustação de exemplares nacionais que, em 2017, contou com 330 variedades de espumante.
Além do reconhecimento internacional, as borbulhas brasileiras conquistaram a atenção do público interno, tradicionalmente resistente aos vinhos nacionais. Hoje, os rótulos daqui respondem por 85% dos espumantes consumidos no Brasil, seguidos de França (5,4%), Itália (4,3%) e Espanha (3,5%). Com uma produção tão prolífera, e aumentando cada vez mais, não faltam bons exemplares para acompanhar as ceias de Natal e Ano-Novo. Para ajudarmos o leitor na escolha, escalamos três respeitados sommeliers para indicar as melhores opções. Além de Copello, toparam a tarefa a sommelière Julieta Carrizzo, do Grupo Irajá, e Dionísio Chaves, especialista premiado e dono de seis restaurantes na cidade. O resultado é uma mostra de quinze vinhos irrepreensíveis, com valor abaixo dos 100 reais. Tim-tim.
DIONÍSIO CHAVEZ
JULIETA CARRIZZO
MARCELO COPELLO