Após pressão em Ipanema, La Putaria desiste de crepes em formatos sexuais
Marca anuncia que passará por mudanças de conceito devido às ações de políticos e grupos conservadores
Os piroffles e xoxoffles estão com os dias contados, para a alegria da turma conservadora de Ipanema, que resolveu voltar as energias contra a loja que acumula boas vendas e polêmicas desde que abriu no bairro, há quase dois anos, para vender seus concorridos crepes em formatos de pênis e vaginas. A La Putaria anunciou que fechará “temporariamente” as lojas do Rio e de Belo Horizonte, que no dia 13 de janeiro comemorou com festa seus dois anos de atividades.
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“A La Putaria passará por um processo de rebranding devido a tudo que passamos no Brasil. Não queremos criar rivalidade política, o nosso caso está relacionado a deputados, vereadores e sindicatos em Ipanema“, postou no Instagram a mineira Juliana Lopes, dona da marca que tem 213.000 seguidores na rede social.
Logo após ter inaugurado a loja carioca com filas extensas na porta, ao lado do namorado e sócio, o austríaco Robert Kramer, Juliana começou a enfrentar rejeição de moradores do bairro, além de um processo de interdição judicial movido pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, presidente na época. No lugar do nome original, o casal colocou novo letreiro na fachada: “La Censura”.
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Segundo o informado nas redes sociais, a “padaria mais polêmica do mundo”, como a loja passou a se anunciar, continuará atendendo os eventos onde é requisitada, como despedidas de solteiras, chás de lingerie e festas. A marca criada em Portugal, onde o casal proprietário se conheceu, tem endereço também na Itália.
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