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Quanto vale esta vista?

Batalha judicial envolve dono de restaurante no Arpoador e hotel onde a casa fica

Por Fabio Codeço
Atualizado em 5 dez 2016, 13h40 - Publicado em 21 Maio 2014, 17h21
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  • O ponto é excepcional: exatamente o único endereço comercial no quarteirão do Arpoador, com vista privilegiada para o indescritível pôr do sol atrás do Morro Dois Irmãos. Justamente por essas virtudes, o endereço tornou-se o pivô de uma encarniçada contenda judicial. De um lado está o proprietário do restaurante Azul Marinho, o empresário Leonardo Braga. Do outro, os donos do Hotel Arpoador Inn, que planejam reaver o espaço onde fica o estabelecimento, explorado pelo restaurateur há treze anos. “Quando comecei a operar, o local não era utilizado. Nem sequer havia o acesso do salão para a praia”, recorda Braga, que possui também em seu portfólio a Casa da Feijoada e o Brasileirinho. “Temos novos planos para o hotel, que será todo reformado, e o restaurante faz parte do projeto. Embora ainda não tenhamos decidido como vamos explorá-lo, queremos de volta aquele pedaço, que é da nossa família”, argumenta Daniel Gorin, gerente do Arpoador Inn.

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    Para entender o caso é preciso retroceder a 1998, quando o empresário começou a prestar serviços de café da manhã nos hotéis da família Gorin, dona do Arpoador Inn e do Ipanema Inn. Foi então que deparou com aquele espaço de 150 metros quadrados em frente ao mar, praticamente ocioso, e pediu aos proprietários autorização para montar ali um restaurante, batizado de Azul Marinho, com 132 lugares. Em contrapartida, passou a arcar com 69% das despesas de água e luz do hotel e com a conta de gás na íntegra, desembolsando, segundo seus cálculos, algo em torno de 25?000 reais por mês. Uma quantia aparentemente irrisória não só pelo ponto nobre onde fica o restaurante, como também pelo seu faturamento, em torno de 600?000 reais mensais. Numa adequação à realidade do inflacionado mercado imobiliário carioca, a Justiça majorou o aluguel para 50?000 reais até que o processo chegue ao fim. Braga, por sua vez, exige uma indenização por supostas benfeitorias, além de uma soma pela valorização comercial proporcionada ao endereço. Ele alega ainda que tem a concessão para explorar as mesas na calçada. Naturalmente, o ponto atrai a cobiça geral. Eleita a melhor chef mulher do mundo pela revista inglesa Restaurant, Helena Rizzo, dona do paulistano Maní, já sondou ocupar o local. Especula-se também que grifes estrangeiras e os empresários Rogério Fasano e Ricardo Amaral desmonstraram o mesmo interesse. Afinal, com aquela paisagem, não é preciso oferecer muita coisa para prosperar.

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