Vini Vinci – Gosto é cultura
Por Marcelo Copello Um assunto que sempre me interessa é o aspecto cultural do paladar. Um mesmo vinho que parece seco a consumidor chileno pode ser quase meio-doce para um italiano, o que é pesado para um francês pode ser leve para um australiano (quem quiser se aprofundar no assunto “sabor” leia www.mardevinho.com.br/colunas/vinho-sabor). Recentemente esbarrei […]

Por Marcelo Copello
Um assunto que sempre me interessa é o aspecto cultural do paladar. Um mesmo vinho que parece seco a consumidor chileno pode ser quase meio-doce para um italiano, o que é pesado para um francês pode ser leve para um australiano (quem quiser se aprofundar no assunto “sabor” leia https://www.mardevinho.com.br/colunas/vinho-sabor). Recentemente esbarrei em alguns casos interessantes que evidenciam estas diferenças de gosto.
O primeiro deles relatei semana passada nesta coluna: o resultado do concurso Best of Vinho Verde, que evidenciou as diferenças de gosto entre profissionais portugueses e de outros países.
O segundo caso foi, digamos, provocado, e ocorreu durante a Vini Vinci, feira bienal da importadora Vinci (www.vinci.com.br), de Ciro Lilla (mesmo proprietário da Mistral). O evento reuniu em São Paulo e no Rio (em 23/05) dezenas produtores de todo o mundo. Esta é uma ocasião para se conhecer não apenas os vinhos, mas os personagens que os fazem. Melhor ainda do que tirar proveito da presença individual de cada produtor é explorar o encontro entre eles. Pensando nisso fiz entrevistas duplas.
Gilles de Coucel e Alessandro Cellai, um proprietário na França (da Chanson Père et Fils) e outro enólogo na Itália (da Podere Monastero), com uma coisa em comum: a difícil Pinot Noir. Nossa conversa foi sobre os caprichos desta uva e como ela se comporta em terroirs tão distintos quanto Borgonha e Toscana. Provamos o Clos du Roi 2005 e o La Pineta Pinot Nero 2008 (R$ 191,20). Assista ao vídeo clicando em: PINOT NOIR
Gilles de Coucel e Alessandro Cellai
No mesmo dia tive uma conversa semelhante sobre uma casta bem diferente da Pinot Noir mas igualmente marcante, a Malbec. Provei com seus proprietários (José Manuel Ortega e Georges Vigouroux) dois vinhos desta uva, da mesma qualidade, mas totalmente diferentes: o Alpha Crux 2007 (R$ 159,84), um dos maiores tintos da Argentina e o classudo Château de Mercuès 2007 (R$ 105,44), do Madiran-França. Assista ao vídeo clicando em: MALBEC
Georges Vigouroux e José Manuel Ortega
.
Marcelo Copello (mcopello@bacomultimidia.com.br)
.