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Por Vanessa Aragão, pesquisadora e instrutora de meditação
Criadora do projeto Meditante Urbana
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Para o bem ou para o mal, você está em uma jornada

Você gosta dos papéis que desempenha?

Por Vanessa Aragão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
8 mar 2023, 16h48

Uma das novas tendências do mundo zen é a técnica de manifestar. Se você não sabe programar o cérebro para manifestar seus sonhos, se não mapeou suas crenças limitantes e não se conectou com a sua ancestralidade, sinto muito: você não está em 2023 ainda. Tenho pensado sobre o boom das “manifestações”, e acho que todo mundo precisa, sim, de uma história para estruturar suas percepções e ações.

Essa técnica de visualizar o que você deseja no futuro, de certa maneira, nos estimula a lutar contra nosso pessimismo transformando pensamentos negativos em positivos. O problema é que  nós esperamos que os sonhos e os desejos se manifestem na mesma velocidade das compras online. E daí surgem os problemas de saúde mental, autoestima e aceitação.

Nosso grande dilema sempre foi o tempo. Talvez essa “nova” mania de escapar para o futuro tenha nos tirado os sentimentos de urgência e importância que nossas ações precisam ter agora. Não controlamos as experiências, não podemos evitar a finitude do corpo físico, mas podemos estar presentes para viver o fluxo das nossas vidas. Ficar no presente é desafiador, eu sei. No agora, não há nada para ser controlado.

Como anda o seu corpo com as frustrações que ele carrega graças à sua ilusão de controle? O ser humano teima em ser independente do que está ao seu redor, mas a sua existência é construída a partir de conexões. Conexões não são controladas. Precisamos aceitar isso. Conexões geram possibilidades. E, definitivamente, as possibilidades levam tempo. 

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Eu não questiono o poder de manifestar os desejos porque eu e a neurociência sabemos que o cérebro reage a qualquer ideia que passa na tela mental, como se ela estivesse acontecendo de verdade. Nós podemos criar um estresse real no corpo e uma reação fisiológica só de imaginar uma discussão, por exemplo. Então, seguindo essa lógica do cérebro, por que não podemos mapear os padrões de pensamentos que são frutos de traumas e mudar a qualidade dessas narrativas? 

Não podemos esquecer que quando imaginamos algo, mergulhamos em sensações e atraímos o que sentimos. Portanto, é muito possível trabalhar traumas e mudar padrões na terapia somática com a técnica da manifestação. Só precisamos tomar cuidado porque precisamos pensar na construção de novas realidades através de ações e não somente pela força do pensamento 😉

Você pode estar se perguntando o que é considerado trauma.  É tudo que causa estresse no corpo. Para mim, o trauma é como estar coberto de feridas nadando no mar. Há corpos que são mais livres que outros enquanto nadam. O que me lembra que a dificuldade não é igual para todas as pessoas e que a cura não é um processo linear. Ela é uma dança que em alguns momentos nos faz enxergar os bastidores do mundo e as pessoas que nos cercam. 

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Poucas se preocupam de fato com o impacto de suas ações. Pouca gente está de fato disposta a olhar, escutar, aceitar e acolher – se importar. Não somos máquinas, não podemos apagar traumas nos livrando dos sintomas. Precisamos ir mais fundo até as energias sutis que estão operando em nós. E para isso precisamos estar cercados de pessoas que realmente se importam. Elas nos ajudam a lidar com o mistério do tempo com menos angústia e mais presença. 

Depois de reconhecer isso, é preciso agir. 

Eu manifesto.

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