Aberta na última terça — de forma auspiciosa, com o maravilhoso Sua Incenlença, Ricardo III, da companhia Clows de Shakespeare, de Natal —, a terceira edição do Cena Brasil Internacional ainda oferece muito a ser visto em sua última semana. A pedido do blog, o diretor do festival, Sergio Saboya, comentou quatro espetáculos que serão apresentados entre a próxima segunda (28) e domingo (4) — confira a programação completa e as sinopses aqui.

Kaïros, Sísifos y Zombis, da Compagnie L’Alakran (Suíça), terça (29) e quarta (30), às 20h.

“Conheci o Miguel Acebes, distribuidor internacional da L’Alakran, no festival de teatro de Roma. Ele me apresentou o trabalho da companhia e logo percebi que tinha tudo a ver com a proposta do Cena Brasil. A companhia é formada por atores e profissionais de vários países. Há um intercâmbio, uma troca muito grande entre eles e isso se reflete nos espetáculos que produzem.”

HeLa, da companhia Iron-Oxide (Escócia), quinta (1º) e sexta (2), às 19h:

Assisti HeLa no ano passado no Festival de Edimburgo. Fui arrebatado com a performance vigorosa da atriz Adura Onashile e de como ela se apropriou dessa história verídica, que teve muita repercussão nos Estados Unidos e na Europa. É teatro-documentário. Ao mesmo tempo em que a atriz relata a trajetória da americana Henrietta Lacks, ela também é a personagem.”

Caesarean Section. Essays on Suicide, da companhia Teatr ZAR (Polônia), sábado (3) e domingo (4), às 19h:

“Eu já tinha visto cinco espetáculos de companhias polonesas nos festivais de Edimburgo e Avignon e não tinha gostado de nada. Mas, resolvi tentar de novo e assisti o espetáculo da ZAR, que foi premiado no Festival de Edimburgo de 2012. É um trabalho incrível, que tem uma temática muito forte, o suicídio. Muitos podem intitular como dança, mas é teatro físico com atores-bailarinos. A parte musical é muito boa e o resultado é um espetáculo de grande beleza e delicadeza.

Os Gigantes da Motanha, do Grupo Galpão (Belo Horizonte), sábado (3) e domingo (4), às 20h:

“Conheço a qualidade dos trabalhos do Grupo Galpão há anos. É um grupo que costuma trabalhar com diretores convidados, que também promove esse intercâmbio de experiências. O Galpão tinha vontade de participar desse tipo de festival como é o Cena, que promove o intercâmbio entra as companhias nacionais e estrangeiras. O cachê da troca é maior que o da peça.”

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