Crítica: Talvez uma História de Amor
✪✪✪ TALVEZ UMA HISTÓRIA DE AMOR, adaptação de Rafael Gomes a partir da obra de Martin Page. Como Me Tornei Estúpido, livro mais conhecido do escritor francês Martin Page, conta a história de um jovem inteligente que, em busca da felicidade, decide virar um imbecil para aproveitar melhor a vida. Um protagonista meio deslocado na sociedade […]
✪✪✪ TALVEZ UMA HISTÓRIA DE AMOR, adaptação de Rafael Gomes a partir da obra de Martin Page. Como Me Tornei Estúpido, livro mais conhecido do escritor francês Martin Page, conta a história de um jovem inteligente que, em busca da felicidade, decide virar um imbecil para aproveitar melhor a vida. Um protagonista meio deslocado na sociedade e uma premissa insólita também estão na base da comédia dramática Talvez uma História de Amor, transposição para o palco de outro romance de Page. A montagem traz Eduardo Pires como Virgile, jovem publicitário um tanto recluso. Certo dia, ao chegar em casa, ele escuta na secretária eletrônica o recado de uma mulher desconhecida, dizendo que vai romper o relacionamento entre os dois — e aí decide conquistar a moça. Assinada por Rafael Gomes, a adaptação segue caminho próprio: não se prende à estrutura do livro, mas é fiel à sua essência. Essa busca pelo âmago se reflete no cenário enxuto, e belo, de Flavio Graff, assim como na direção comedida de Vinicius Arneiro, que extrai boas performances do seu elenco — além do protagonista, Cynthia Reis divide-se em cena pelos papéis femininos.