Imagem Blog

RJ-450 Na contagem regressiva para os 450 anos do Rio de Janeiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Bares, histórias e encantos do Rio de Janeiro
Continua após publicidade

Um mergulho no dia-a-dia de Copacabana

Até a construção do Túnel Velho no fim do século 19, chegar a Copacabana era uma grande aventura que exigia caminhada por uma trilha íngrime. Depois com o bonde elétrico, a viagem do Centro até o bairro levava pouco mais de uma hora. Para incentivar os cariocas a conhecerem a praia à beira do Oceano […]

Por rafaelsentose
Atualizado em 25 fev 2017, 19h06 - Publicado em 6 jun 2013, 05h45

Até a construção do Túnel Velho no fim do século 19, chegar a Copacabana era uma grande aventura que exigia caminhada por uma trilha íngrime. Depois com o bonde elétrico, a viagem do Centro até o bairro levava pouco mais de uma hora. Para incentivar os cariocas a conhecerem a praia à beira do Oceano Atlântico, a companhia de bonde oferecia viagens de graça. A história da ocupação do distante areal, reduto de pescadores, e sua transformação num dos principais cartões postais do Rio de Janeiro é contada com riqueza pela antropóloga Julia O’Donnell. Em A invenção de Copacabana (Zahar), a autora não apenas enumera as condições que tornaram possível o surgimento de Copacabana como descreve o dia-a-dia do bairro naquele tempo.

Na pesquisa para o livro, Julia O’Donnell recorre a jornais, revistas e obras de grandes cronistas da cidade como Machado de Assis, João do Rio e Benjamin Costallat. A invenção de Copacabana apresenta ao leitor personagens saborosos como o português Manoel Nogueira de Sá, dono do primeiro empreendimento comercial do bairro – o supermercado Bon Marché – e o ex-militar José Carlos de Andrade, morador do Morro da Babilônia desde 1893. Dos fragmentos encontrados, um dos mais pitorescos são as quadrinhas impressas nos bilhetes de bonde que propagandeavam as qualidades do bairro. Era o lugar do escapismo, do lazer, da salubridade e da contemplação da natureza.

Também era indicado para quem queria investir em imóveis: “Proprietários e capitalistas/ Aproveitem melhor a vossa gana/ Oh! Que mina!/ Lançai as vossas vistas/ Sobre Copacabana”. E até para quem estava procurando um namorado: “Elegante moçaime de alto amor!/ Dandies de fina luva e bom havana!/ Para um flirt não há melhor/ Do que em Copacabana”.

 

Fotos de 1893 e 1895 mostrando o trecho onde hoje é a Praça Serzedelo Correia e o Posto 6

Continua após a publicidade

A capa do livro da Zahar; e detalhes de duas fotos de meados dos anos 1890: a do alto mostra o ponto final do bonde que ficava onde hoje é a Praça Serzedelo Correia e a outra, do mestre Marc Ferrez, mostra as construções simples do fim do bairro

DIAS para os 450 anos do Rio de Janeiro. Curta aqui

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.