Oloro: o bar com jeito de festa em casa, no coração da Lapa
Aberta na calçada e com uma sonzeira da pesada, a nova casa é movida a black music, hip hop e muita música pra quem gosta de dançar.
Daquelas surpresas que só o Rio promove, encontrei o Oloro. Sem querer, andando pela Lapa dia desses, quando me deparei com uma sonzeira de primeira, black music na veia e uma casa totalmente aberta ao público com dois DJs da pesada. Eu, que já ia pra casa, ali fiquei dançando ao som dos vinis de Will Ow e Hey Jimmy Jay. Que lugar incrível! Dá vontade de entrar e ficar, porque o clima é de casa que recebe bem, que te aconchega, desde a entrada – totalmente aberta – até a música que é pura energia, todo mundo dançando como se não houvesse amanhã.
Oloro em iorubá significa festa, riqueza. E foi pensando nisso que os amigos Daniell Lima e Felipo Brito tiveram a ideia de trazer música boa e cerveja gelada, comida de axé, muita confraternização, sorriso e amizade pra uma casa nova. “Oloro surgiu a partir de muita conversa, da ideia de oferecer o que a gente mais gosta. É um espaço pensado para que as pessoas se sintam acolhidas, representadas, seguras, se sintam em casa. É sobre abrir caminhos”, conta Felipo, um dos sócios e também o DJ residente.
Daniell Lima vem da gastronomia e por isso a cozinha, que começa a funcionar em setembro, é seu xodó. “Nossa cozinha vem com uma pegada de comida de rua, mas com um toque contemporâneo. O cardápio será composto de entradas, sanduíches e porções para compartilhar”, diz. E, com o intuito de manter o ambiente interativo, a parte restaurante que vai ocupar o segundo andar, também é ambientado com mesas de centro, sofás, pufes, som ambiente, para manter a conexão entre as pessoas e a comida, segundo Daniell.
Capítulo à parte são os drinques autorais e cheios de axé, com nomes em iorubá, como o Ilê Ifé, em homenagem a Oxalá. O chefe de bar Bruno Corado explica que é uma mistura de creme de coco, coco queimado, vodka, xarope de baunilha, cereja e canela defumada. Tem ainda o Osogbo, que é feito de cachaça envelhecida, melado de cana, polpa de maracujá, suco de limão siciliano e espuma de gengibre. Um arraso! E, claro, drinques tradicionais como Moskow Mule e Fitzgerald.
“Quando pensamos o Oloro, pensamos em várias formas de comunicação, em histórias que construíram o nosso presente. Familiares, ancestrais, mas principalmente a rua, que sempre foi uma grande escola. Por isso A Rua Fala é um dos projetos do nosso espaço, que traz essa identidade da rua, que nunca deixa de ser viva! Que traz a cultura do funk, rap, hip hop e passa pelas brasilidades que ouvíamos na casa de nossa mãe. É dar voz e ouvido ao que a cultura da rua tem pra dizer, dando corpo/espaço a toda sonoridade”, diz Daniell.
A programação vai de quinta a domingo, com muita coisa boa. Hoje, quinta-feira (21) tem Sarau Oloro com Afrosoul, só grooves rolando. Sexta-feira (22), o som fica por conta do DJ Rafael Original, mandando ver na black music, rap e funk. Sábado (23) é a vez do DJ Felipo, trazendo brasilidade, hip hop e funk pra não deixar ninguém parado. E domingo (24) é dia de samba com Mandem Flores, homenageando Dona Ivone Lara. De quinta a sábado tem happy hour, sempre das 17h às 20h. O Oloro fica na Avenida Gomes Freire, 450, na Lapa. Se jogue nessa experiência, o ambiente é incrível, os DJs arrasam, a cerveja é gelada, enfim, Lapa e Rio mostrando o que a cidade tem de melhor.
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