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Por Rita Fernandes, jornalista
Um olhar sobre a cultura e o carnaval carioca
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Marco 27: Santa Teresa pede a volta do bonde da Paula Mattos

Ato vai reunir moradores e cortejo de blocos, rodas de conversa e atos culturais para chamar atenção sobre o descaso com o sistema de bondes.

Por Rita Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
27 ago 2022, 12h54

A restauração do sistema de bondes de Santa Teresa e, prioritariamente, a reativação do ramal Paula Mattos, que levava até o Largo das Neves, é luta que já dura 11 anos. No sábado (27/08), para chamar atenção do poder público sobre a urgência de se reestabelecer o sistema bondes, moradores e artistas do bairro criaram o  “Marco 27 de Agosto”, um ato de manifestação e também de homenagem às vítimas do acidente que em 2011  matou 7 pessoas e feriu mais de 50.

O ato começa de manhã, às 11h. com visitação ao local do acidente. Às 15h, manifestação em frente à garagem dos bondes, no Largo do Guimarães, que segue com um cortejo de blocos, com participação do Céu Na Terra e outros, até o Largo das Neves. Às 18h, ato público com Batalha das Rimas com a Roda Cultural Canta Teresa e Folha Seca. No domingo, será realizada uma missa na Igreja Anglicana, em memória das vítimas do acidente.

O movimento começou com a Amast – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa, junto a outros coletivos representativos dos moradores, que têm como agenda prioritária a volta do bonde popular, transporte mais apropriado ao bairro, devido à geografia e à identidade cultural de Santa Teresa. “Mas, apesar dessa constatação, o que temos hoje é um sistema capenga, voltado para turistas e de costas para a população do bairro. As razões para esse quadro caótico vêm de longe”, diz o documento que está sendo enviado para convocação dos moradores.

O bondinho por anos levou os músicos do bloco Céu Na Terra.
Carnaval: direito cultural do cidadão (Divulgação/Divulgação)

Acidente em 2011

Em 27 de agosto de 2011, o bonde 10 sofreu uma pane nos freios e descarrilhou, matando sete passageiros e ferindo mais de 50. O acidente foi resultado de uma década de descaso do governo do Estado, que deixou que o sistema de bondes fosse sendo sucateado. Desde 2000, quando a oficina do Largo do Guimarães finalizou o restauro de 11 bondes, o projeto do sistema de bondes foi sendo destruído. Os bondes restaurados, sem nenhuma verba de manutenção e conservação, durante mais de uma década acabaram sendo encostados, até sobrar só o bonde do acidente, circulando de forma precária.

De lá para cá, os moradores de Santa Teresa têm travado uma luta incansável pela restauração do transporte de bondes do bairro e o retorno do ramal Paula Mattos, com a suspensão do bonde para esta importante região do bairro, que reúne uma população em torno de 10 mil pessoas.

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A questão se arrasta apesar da justiça já ter dado ganho de causa aos moradores, com sentença transitada em julgado determinando ao estado que faça a recuperação total do sistema de bondes do bairro. Decisão, entretanto, ignorada pelo poder público.

“Não é possível esperar mais. Nestes 11 anos, os moradores do ramal Paula Mattos se sentem discriminados e abandonados. A ausência do bonde, conjugada à falta de regularidade dos ônibus, deixa importante parcela da população do bairro desamparada, tendo que descer ou subir a pé ou utilizar lotações de particulares e táxis. Toda uma situação de insegurança e piora no já combalido orçamento dos moradores”, diz o documento da Amast.

MARCO 27 DE AGOSTO

Programação

Sábado – dia 27

11h às 13h – Ato no local do acidente

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15 às 18h – Concentração em frente à Oficina dos Bondes, na Rua Carlos Brandt, no Largo do Guimarães, e cortejo em direção ao Largo das Neves

18h – Ato Público e encerramento com Batalha das Rimas com a Roda Cultural Canta Teresa e Folha Seca.

Domingo – dia 28

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11h – Missa na igreja Anglicana em memória das vítimas do acidente

 

Rita Fernandes é jornalista, escritora, presidente da Sebastiana e pesquisadora de cultura e carnaval.

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