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Patricia Lins e Silva

Por Patrícia Lins e Silva, pedagoga Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Educação
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Resolver problemas: competência para a escola do século 21

Os alunos precisam aprender a solucionar problemas da vida real, como uma pandemia

Por Patricia Lins e Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 jan 2021, 16h10 - Publicado em 13 jan 2021, 16h10
A imagem mostra duas alunas de máscara sentadas numa sala de aula
Alunos do século 21: entre os desafios, a solução de problemas reais (Mira Kireeva/Unsplash/Reprodução)
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             Nossa tarefa de educadores é preparar nossos alunos para o século 21. Já sabemos que é essencial que aprendam a solucionar problemas, problemas da vida real, como, por exemplo, uma pandemia. Um primeiro passo para chegar aos problemas reais na sala de aula é mudar a maneira de significar o que é uma aula, tentar afastar a imagem de um professor ensinando na frente de alunos calados enfileirados. É imaginar uma sala barulhenta de conversas entre alunos discutindo e aprendendo a criar juntos soluções para problemas.

           Pode-se usar o currículo obrigatório como origem de problemas a serem resolvidos e não como base a ser ensinada. Se o currículo fala no sistema digestivo da espécie humana, é preciso relaciona-lo com os outros sistemas humanos. Pode-se perguntar aos alunos como uma dieta alimentar pode afetar a saúde de alguém, pois o sistema digestivo funciona em relação a todo o organismo. Como é um problema muito amplo, é preciso aprender a recorta-lo para prosseguir. Os grupos se dividem para levantar o que já sabem e o que precisam pesquisar. E daí por diante. Os alunos também trazem problemas. O papel do professor é fundamental como referência de orientação e guia no planejamento e desenvolvimento de soluções. Problemas podem trazer mais problemas e é o que faz a diferença dos projetos, que têm um tempo de duração determinado e um produto definido desde o começo.

       Pensar a partir de problemas induz a um conhecimento autônomo, a assumir responsabilidades, à necessidade de trabalhar em times, numa construção intelectual inseparável da construção moral. Num mundo de mudanças e incertezas é preciso ter uma visão ampla da realidade, compreender que os problemas atuais da humanidade são planetários, incluem todos os habitantes do globo, que qualquer solução implica pactos e acordos com os grupos à volta, que a solidariedade e a cooperação são necessárias para a convivência equilibrada da sociedade, que pensar com os outros enriquece o saber de cada um e do grupo. No século 21 é preciso resolver um problema que sempre existiu – a injustiça social e econômica – que a pandemia mostrou que é inaceitável. E as próximas gerações têm que se empenhar em proteger o ecossistema que nos abriga para assegurar a continuidade de todas as espécies com que compartilhamos a Terra. Não nos faltam problemas. Estar preparado para enfrenta-los fará grande diferença numa geração que vai entrar no mundo adulto em plena transição de eras.

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