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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Gloria Groove rebate críticas e celebra seu projeto de pagode

Com mais de 9 milhões de reproduções no Spotify, "Serenata da GG, Vol.1 (Ao Vivo)" já é sucesso mas não livrou drag queen de críticas

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13 jun 2024, 08h18
Serenatas da GG é novo projeto da Gloria Groove
 (Divulgação/Divulgação)
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Logo que o novo projeto de Gloria Groove ganhou as redes sociais as primeira críticas ao seu novo álbum dedicado ao pagode também chegaram. A principal delas seria que a drag queen estaria se “vendendo” para o público heterossexual e tentando agradá-los para conquistar um novo público.

Na época Gloria fez algumas postagens nas redes sociais. Uma respondia em tom afrontoso: “Primeiro hétero que eu quero agradar é teu pai, aquele gostoso”.  No mesmo dia ainda postou que Serenata da GG a devolveu a paixão, autoestima e irreverência. “Também é a minha era da honestidade e controle da minha própria narrativa”

Gloria Groove rebate críticas com tom ácido
(Reprodução/Twitter)

Ontem (12/06), Daniel Garcia, que dá vida à drag queen, voltou a falar sobre o assunto em uma coletiva de imprensa. “Me perdoa gente. Eu gostaria de dizer que além de agradar seu pai também quero agradar seu irmão”, brincou. Mas na sequência disse que se sente honrada ao perceber que só em fazer algo que lhe dá prazer abre discussões importantes e que gosta de quebrar paradigmas. “Um estilo musical pertence a um recorte de gênero e sexualidade?”, questionou.

Ainda destacou a importância do projeto que está falando de amor. “A importância de continuar cantando o amor é  mostrar pra pessoas como eu, pra uma bicha afeminada que vem de uma vivência simples, que ele é possível”, destacou. Considerando que o afeto é um privilégio, lembrou que pra muita gente ainda é uma possibilidade distante.

O artista lembrou que o ritmo sempre fez parte de sua trajetória: “O pagode está na minha vida, né? Sendo filho da backing do Raça Negra de tantos anos. Foi ali que eu nasci, que tive os primeiros contatos com grande músicos”. E finalizou: “Gosto muito desse lugar que a gente consegue focar muito no ponto de convergência. Mostrar pra gente mais as coisas que nos unem do que nos diferenciam e nos separam”.

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