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Poesia sem censura

Após ilustrar O Poeta Aprendiz, poema de Vinicius de Moraes adaptado para música por Toquinho, em 2003, e o livro infantil de Vik Muniz Melchior, o Mais Melhor, em 2011, a cantora Adriana Calcanhotto lança neste domingo (14) a Antologia Ilustrada da Poesia Brasileira: Para Crianças de Qualquer Idade. Na obra está uma reunião de […]

Por laisbotelho
Atualizado em 25 fev 2017, 19h03 - Publicado em 12 jul 2013, 23h31

Após ilustrar O Poeta Aprendiz, poema de Vinicius de Moraes adaptado para música por Toquinho, em 2003, e o livro infantil de Vik Muniz Melchior, o Mais Melhor, em 2011, a cantora Adriana Calcanhotto lança neste domingo (14) a Antologia Ilustrada da Poesia Brasileira: Para Crianças de Qualquer Idade. Na obra está uma reunião de poetas do século XIX ao XXI, que vão de Gonçalves Dias a Gregório Duvivier, passando por Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Adélia Prado e também Paulo Leminski.

A manhã de autógrafos acontece às 11h, no Instituto Antonio Carlos Jobim, com direito a bate papo com o jornalista e escritor Arthur Dapieve sobre poesia, além de um pocket show da artista, que traz sucessos como A Casa (Vinícius de Moraes) e Fico Assim Sem Você (Claudinho e Buchecha). Confira abaixo um pouco mais sobre a novidade e algumas perguntinhas que fizemos para a gaúcha:

Antologia Ilustrada da Poesia Brasileira: compilação de 48 poemas dedicados a leitores de qualquer idade

Sobre a montagem do livro:

“Por que motivo as crianças, de modo geral, são poetas e, com o tempo, deixam de sê-lo?”. A pergunta do poeta Carlos Drummond de Andrade em A Educação do Ser Poético foi o motor propulsor desta antologia. Adriana deseja que o livro abra janelas para os poetas brasileiros, de diferentes tempos, e preencha a lacuna de uma compilação de poesia dedicada a leitores de qualquer idade, sejam aqueles que estão descobrindo as primeiras palavras ou os mais experientes.

Sobre a escolha dos poetas:

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A escolha se deu entre aqueles que escreveram para crianças, mas que não fizeram isso exclusiva ou principalmente. Neste contexto, a seleção vai de Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, a Receita para um Dálmata, de Gregório Duviver. Adriana confessa que a escolha não foi fácil. “Às vezes eu acordava sobressaltada no meio da noite e pensava: Murilo Mendes! Jorge de Lima!”, diverte-se.

Sobre a escolha das poesias:

Os critérios para a escolha dos poemas têm a ver com as ilustrações, com o simples fato da cantora poder ‘enxergar’ o poema desenhado assim que o lesse.

A boneca, de Olavo Bilac, por Adriana Calcanhotto

Quatro perguntas para Adriana

Como começou o trabalho dentro do universo infantil?

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Trabalhar para o público infantil, mais do que um projeto era um sonho. Pensei muito antes de colocar em prática e com isso fui acumulando material enquanto sonhava. Aprendo muito estando em contato com as crianças, qualquer pessoa, com o coração aberto, aprende muito com elas, muito mais do que ensina.

Acredita que o lúdico e a leitura se perderam com a invasão da tecnologia na vida das crianças?

Não acho que sejam excludentes o lúdico e a tecnologia. Uma caneta esferográfica, por exemplo, é tecnologia.

Qual a mensagem que pretende passar com o livro?

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A vida com poesia é mais divertida.

Tem em vista algum outro projeto voltado para as crianças?

Por enquanto estou lançando este, não sei ainda do futuro, deixo a vida me levar…