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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

“Invertida”, com Janaína Torres: “Desprazer é ver pessoas compradas”

Embora nascida e criada num cortiço no Brás, onde mantém cinco restaurantes, tem um perfil que se encaixaria muito bem numa Lapa, por exemplo

Por lu.lacerda
Atualizado em 27 jul 2025, 09h12 - Publicado em 27 jul 2025, 07h02
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 (Marcus Steinmeyer/Divulgação)
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Eleita Melhor Chef Mulher do Mundo (“The World 50’s Best 2024”), Janaína Torres, a “Dona Onça”, embora nascida e criada num cortiço no Brás, onde mantém cinco restaurantes, tem um perfil que se encaixaria muito bem numa Lapa, por exemplo — ela se declara apaixonada pelo Rio e, sempre que vem a trabalho, os ingressos se esgotam, sem falar que existe a torcida em tê-la na cidade há tempos. E há essa intenção!

Premiadíssima, além de cozinhar, ela também administra seus negócios e dá palestras sobre como manter a excelência quando cresce. Janaína tem o olhar além de si e trabalhou como voluntária na criação do Cozinheiros pela Educação, a convite do Governo do Estado de São Paulo, em projeto que incluiu aulas com as cozinheiras da rede pública. Desde junho de 2021, é presidente do Instituto Brasil a Gosto, fundado em 2006 pela empresária Ana Luíza Trajano.

Além da Dona Onça e de A Casa do Porco (em sociedade com o ex-marido, Jefferson Rueda, com quem foi casada por mais de 20 anos), tem ainda a lanchonete de cachorro-quente Hot Pork e a Sorveteria do Centro, e o projeto À Brasileira, que incentiva uma filosofia e arte de viver o seu país.  Em 2022, Janaína passou por uma espécie de luto, depois de descobrir a traição do marido. Em seguida, veio o renascimento: fez uma plástica nos seios, tatuou o braço esquerdo com a pelagem de onça e tem conquistado um título depois do outro. Além da cozinha e dos projetos sociais, seu maior amor são os filhos, João Pedro e Joaquim José, de 18 e 15 anos.

UMA LOUCURA: Abrir novos projetos.

UMA ROUBADA: Conviver com gente que vai pro céu e cumprimenta o santo errado. Pessoas desavisadas, deslumbradas com o ego e com a fama.

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UMA IDEIA FIXA: Morrer cozinhando.

UMA FRUSTRAÇÃO: Ter que lidar com gente que não merece sua amizade. É desconfortável e frustrante.

UM APAGÃO: Esquecer coisas que me fizeram muito mal (ou tentar esquecer). Ou então a menopausa… esqueço um monte de coisas (risos).

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UMA SÍNDROME: Achar que todos serão leais e sempre me decepcionar com isso. Sofro. É uma síndrome que ainda não passou.

UM MEDO: Continuar sendo silenciada “pelo bem da sociedade dos homens” e não conseguir contribuir para que outras mulheres não passem pelo que eu estou passando (sobre o machismo estrutural).

UM DEFEITO: Tenho dois: ter sido muito explosiva, e agora me calar por medo.

UM DESPRAZER: Desprazer é ver as pessoas sendo compradas. Ver o dinheiro acima de tudo e de todos. Poucas, muito poucas pessoas não se vendem hoje em dia. Nada é mais feio e desprezível.

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