Gastronomia, por Bruno Calixto: tem vinho novo chegando à taça carioca
Vinhos na Vila, evento no Jockey com rótulos para todos os paladares

Tem vinho novo na taça, no festival Vinhos na Vila, no Jockey, sábado e domingo (24 e 25/05). Participam pela primeira vez do evento (em sua 9ª edição) as vinícolas Nova Aliança, Cerro de Pedra, Tramarim, Giovanni Tasca e a Area 15. Além de mais de dez casas produtoras no estado do Rio de Janeiro, nos arredores de Areal (o novo CEP do Sauvignon Blanc e Syrah): Fazenda Bemposta, Borgo del Vino (Família Eloy), Vinus Vale, Vale dos Desejos, Tassinari, Arouca, Mendez, Vale da Bússola, Fazenda São João Penedo, Fazenda Santa Teresa, Di Bento, Dream Farm e Altos do Rio.


O público também poderá conhecer a proposta da Taste and Fly Vinhos, do casal Fábio Wright e Roberta Cassiano Fraga — ele, jornalista da área de gastronomia; ela, empresária e sommelière —, que, apaixonados por vinho, durante as muitas viagens que fizeram à Serra Gaúcha, criaram a marca-conceito de vinhos próprios.
Atualmente, o portfólio da Taste and Fly Vinhos conta com nove rótulos, produzidos nas mais diversas regiões da Serra Gaúcha, como Vale dos Vinhedos, Monte Belo do Sul, Altos Montes e Caxias do Sul.
O Rio Grande do Sul vai marcar presença nesta edição com Fin, Garbo, Luiz Argenta, Miolo, Dom Cândido, Buffon, Vinhetica e Aurora, entre outras marcas da viticultura brasileira.
Além das provas, têm degustações, shows ao vivo, gastronomia artesanal, feira de produtos locais e aquele climinha de festa com taça na mão, amigos na foto e um visual privilegiado para o Cristo.

Vinhos do RJ, uma beleza de cenário
A Associação dos Produtores de Uvas Vitis vinífera da Serra Fluminense (AVIVA) reúne os produtores da região fluminense (serrana ou não), além de dezenas de vinícolas em formação.
Muitos já produzem excelentes vinhos e têm rótulos premiados. As vinícolas realizam o sistema de dupla poda e colheita de inverno, que compreende realizar duas podas anuais na videira, sendo a primeira em agosto e a segunda, em janeiro, o que inverte seu ciclo natural.
“Ainda é imaturo falar de terroir na região”, crava a sommelière Deise Novakoski. “Terroir demanda anos de observação, o que determina um terroir e a repetição de características.”
Exemplo na Borgonha, sabemos que a Pinot Noir tem aroma de cogumelos em Bordeaux. Sabemos que a Cabernet tem aromas de especiarias, essas características se repetem alí.
No caso de regiões com pouco tempo de cultivo de uma espécie, continua Deise, pode haver determinadas características num ano e no outro não. “Só com o passar das décadas, algumas características se repetem no local, é que podemos afirmar se há um terroir . Assim sendo, ainda não temos, no Rio de Janeiro, tempo de cultivo suficiente, para falar de terroir.”
Todavia, pontua a sommelière, “temos tempo e experiência em cultivo com a espécie Syrah em várias regiões do Brasil, que nos permite começar um cultivo com mais experiência e podendo contornar algumas intempéries.” E dá-lhe Syrah em solo fluminense! Dois em destaque no Vinhos na Vila são das vinícolas Tassinari, de São José do Vale do Rio Preto, e Casa Rozental, de Secretário, um bairro do distrito de Pedro do Rio, em Petrópolis.
No Vinho na Vila, os produtores da região serrana do Rio estarão presentes para falar sobre seus rótulos e contar mais sobre as novidades da região. A entrada (com dinheiro a taça) é R$ 150 + taxas. Prontos para girar a taça?
