Gastronomia, por Bruno Calixto: novo Suru Bafo, na Lapa
Endereço onde a boemia vem ganhando ensaios estéticos nostálgicos

Batidinha de paçoca, cupim, linguiça mineira, pão de alho com chope gelado: pensou em botequim chique? Tá aí mais um CEP de comidinhas bem feitas com coquetelaria brasileira, petiscos e churrasco no bafo. Fica na Lapa o mais novo grito gastronômico das ruas do Rio, o Suru Bafo, dos mesmos donos do Suru Bar (em frente) na Rua da Lapa, com direito a uma repaginada na praça onde está o Refettorio Gastronomia. Na descrição do perfil, “coquetelaria popular brasileira. Boemia carioca com um toque de Minas”.

São pratos para compartilhar na calçada, mas tudo do bom e do melhor. É a mais nova investida da dupla Igor Renovato e Raí Mendes, exatamente onde funcionava o bar Princesa da Lapa, “aos pés de Santa Teresa, a um passo da Glória”, pertinho do Beco do Rato.



No cardápio da chef Roberta Antonia, sobram predicados — vai contar com entradas, petiscos e acompanhamentos que lembram aqueles clássicos “churrascos de domingo”. Arroz à piamontese? Sim, e ele é bem cremoso, com creme de leite fresco, queijo meia cura e cogumelos (R$ 24). Mas é do bafo que saem as grandes estrelas da casa: cupim, ossobuco, copa lombo, sobrecoxa de frango, linguiça e costela suína. Para veganos, raízes e vegetais da época cozidos no bafo.

O pastel “de feira” é de camarão na moranga (R$ 16) ou com recheio de acelga (R$ 13).
No balcão, o comando é do bartender Pretinho Cereja, que prepara, entre outros drinques, o Felizarda: tequila, jambuzada e soda de acerola com gengibre (R$ 31); e a Teresa: vodca e borbulhante de caju com baunilha (R$ 25).
Outra marca do novo endereço, a batida é de paçoca defumada e a arte da logomarca (um coração), do sócio e diretor criativo Jonas Aisengart. “Um coração aquecido com as chamas da paixão, com as chamas do bafo.”
Suru Bafo (Rua da Lapa, 128)
Ter a sex, das 17h à 1h
Sáb, das 12h à 1h
Dom, das 12h às 20h
@surubafo.rj
