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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Gastronomia (Bruno Calixto): comida criativa no Rio? Sim, a Coltivi

O chef Meguru Baba tem feito uma cozinha italiana na veia, com sotaque paulista

Por lu.lacerda
Atualizado em 19 mar 2025, 19h18 - Publicado em 19 mar 2025, 19h00
O chef Meguru Baba, do Coltivi, em Botafogo (Bruno Calixto/Divulgação)
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Coltivi por Bruno Calixto3
(Bruno Calixto/Divulgação)

O que Gregório Duvivier diria sobre a palavra “Coltivi” em sua mais recente peça “O céu da boca”? O sentido clássico da palavra é “cultivar, semear…”, o que vem fazendo o chef Meguru Baba no Coltivi, em Botafogo, um dos poucos e raros restaurantes onde o salão é 100% do lado de fora, num jardim lindo. Cozinha italiana na veia, com sotaque paulista. Um dos casarões históricos da charmosa Conde de Irajá, quase na esquina com a São Clemente (Largo dos Leões), é um dos imóveis da região pertencentes ao ator Marco Nanini, que também é dono do Reduto (Brota e Libô) em frente. Uma palmeira gigante e um jardim lindo de jiboias são parte da decor; o resto fica por conta das mesas de tampos de mármore e cadeiras descombinadas. Um charme! Mas é sobre a comida de Meguru que estamos aqui para falar. E vamos lá!

Coltivi
(Bruno Calixto/Divulgação)

Em cinco anos de Rio, a casa do italiano Piero Zolin (tem sócios) – que fez carreira no ramo hoteleiro – nunca esteve tão bem. Primeiro pela contratação de um supergerente, afinado com o público e a noite carioca: Leomario Silva, ex-Fosfobox (um craque da coquetelaria autoral). E segundo pelo novo menu de entradas, pensadas pelo chef para ser uma alternativa às pizzas e às massas, o carro-chefe do Coltivi há anos.

Coltivi por
(Bruno Calixto/Divulgação)
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Duas palavras para o carpaccio de atum com queijo stracciatella e pistache caramelizado servido com chips de sourdough da casa (R$ 45): leve e refrescante. Nada melhor para o Rio, ainda em tempos de termômetros nas alturas. Numa onda dos petiscos, a sobrecoxa desossada vai com molho tártaro (R$ 52). O steak tartare (R$ 75) chega deitado numa cama de azeite de ervas, sobre uma travessa retangular, feito com denver e shouder (um dos melhores cortes nas churrascarias, este último). A pizza frita leva alho e aliche e encerra um ciclo de entradinhas que promete (R$ 42).

Coltivi
(Bruno Calixto/Divulgação)

Para coroar o passeio, a pizza de atum com cogumelos (Paris, shitake e shimeji) e guanciale, quentinha, de massa fofa sem fermento químico, somente comida, comida, comida. Zero conservante. É a tática de Megura para se posicionar como um chef criativo inovador e autêntico na culinária praticada no Rio, sobretudo em meio a tantos nomes da cena que vêm se destacando pelos mesmos predicados. Honra ao mérito, às mães e à inteligência do chef que veio de SP surfar na diversidade de insumos com procedência do Rio de Janeiro.

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Coltivi por
(Bruno Calixto/Divulgação)

Como a tendência é reduzir no álcool, a partida foi dada com um mocktail (drinque sem álcool) à base de purê de frutas vermelhas e Ginger Ale da casa (R$ 26): o Shirley Temple, um clássico da coquetelaria zero álcool. Criação do cria Thiago Neto, chefe de bar trazido pelo Leomario Silva. Mas, logo em seguida, vieram duas receitas autorais que seria um crime inafiançável devolver sem virar, uma delas o intenso Frida, com tequila, Campari, Lillet e Dry Martini (R$ 55). Alguém me leu escrever “releitura de Negroni”?

A Coltivi está de parabéns: ocupa a 21ª posição, entre as 50 melhores pizzas da América Latina na edição 2024 do prêmio italiano 50 Top Pizza Latin America. Um pátio de delícias, onde Meguru Baba vai além do óbvio e manda para a mesa um cardápio exclusivo de três massas exclusivas da casa, para prova (nem tudo é só o recheio), entre blend de farinhas integrais, uma com cevada e a terceira com milho e sementes. O mestre das massas!

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Da Itália para o Peru, turismo em expansão

Peixes, batatas, milho e frutos do mar. Tão fascinante como sua gastronomia, o Peru é um dos países da América do Sul que mais atraem investidores estrangeiros no setor de turismo. Dá um show de flora e fauna, cultura e, sobretudo, latinidade — Machu Picchu está lá para comprovar. Por trás de uma boa parte desse sucesso todo, está a PROMPERU, plataforma de promoção do Peru que traz ao Rio seu diretor de investimentos, Daniel Cordova, para um encontro com o segmento, nos dias 24 e 25/03. E também aproveitar para apresentar, em primeira mão, algumas das principais novidades na hotelaria de Lima, Cusco e Arequipa, três de inúmeras cidades e/ou regiões peruanas em plena expansão.

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(Arquivo pessoal/Reprodução)

 

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