
Talvez influenciada por Felca, fui fazer uma enquete informal com alguns homens 60+ sobre esse tema cabeludo. Quase nenhum deles quis levar o debate casual a sério. O assunto é espinhoso e entre o comprometimento e o medo de se expor, os machos maduros se acanharam. Mas o fato é que no grupo de zap dos grisalhos, as xanas e xotas dão as caras. Literalmente. A broderagem silver, mesmo do alto dos seus muitos anos de vida, ainda recebe, compartilha e consome muita sacanagem. Não ouso aqui entrar no tema da pedofilia, pesado demais para essa minha humilde coluna, mas o que impressiona é que os nudes se misturam à extratos de bancos e marcação de consultas médicas. Faz parte do rol do homem brasileiro, quiçá o machadara mundial, consumir pornografia. Na velhice parece que o hábito cessa mas é mentira. Pela dificuldade de ereção ou relação real com alguma parceira, a exposição ao imagético é uma prática compensatória frente à dificuldade ou até escassez de encontros presenciais. E mesmo que o acesso tecnológico seja mais difícil de mexer do que as antigas revistinhas impressas, o grupo de WhatsApp se apresenta como o meio mais acessado para assistir a um vídeo ou ter acesso a fotos libidinosas. E, pensando na inclusão digital dos mais velhos, cada vez mais é fácil, rápido e sem filtro chegar até esse conteúdo. O algoritmo parece ter descoberto a geração madura. E o cardápio de ofertas impressiona. De bondage passando por gangbang, tipos como russas, asiáticas, peitudas, rabudas, trans e até coroas figuram nesse menu. E eles acham normal. Juro que mesmo que uma mulher curta muito conteúdo pornô,não estamos tão expostas assim à tamanha variedade de tipos, posições e taras. Em sendo maiores de idade, vacinados, usados e vividos, o tema acompanha a nova régua do tempo. Se vamos viver até os 90 anos, o que se apresenta pela frente merece um debate para a geração prateada. Tiozões e vôzinhos são frequentemente chantageados por quadrilhas de má fé , que usam essa artilharia para viciar e extorquir. Casamentos longevos de 40/50 anos ficam ameaçados pela falta de diálogo nessa terra sem lei que é a internet. Muito se fala das crianças e adolescentes impactados por essa orgia visual mas vale incluir no debate, ainda que por reflexão, a pororoca da pornografia na vida dos velhos brasileiros. O tema rende…