Fodete, a musa das sexagenárias
Odete Roitman é essa permissão para sentir, esse aval para gozar a idade madura em plena potência

Ah que pena! Odete Roitman foi assassinada, mas deixou um legado de esperança. Vigor, animação, tesão diria. A musa das 60+ lavou nossa alma com os novinhos enfileirados para serem desfrutados pela milionária sem papas na língua. Sim, ela é indefensável, mas provocou altas reformas . Tipo Celacanto e os maremotos vieram, em formato de ondas de disposição para sermos a nossa melhor versão. Euzinha mesma, decidi tentar uma reposição hormonal leve e renovei os meus brinquedinhos, um novo sugador que faz coisa que homem nenhum faz. Nem Cauã. Também refleti sobre os cafajestes que me usaram na horizontal. Olavinho não teria chance, mas o humor banal do tapado suburbano ganhou o coração da milionete blasé, a chiquíssima Tia Celina. Tem gosto para tudo né? Mas o cerne da coluna de hoje é essa permissão para sentir, esse aval para gozar “a” e “na” maturidade, preposições que fazem toda a diferença. Não queremos mais pantufas e chazinhos. A mulher 60+ sente, dança, corre atrás e quer pulsar. Não está morta e ainda dá um caldo sobretudo para desfrutar desse terceiro ato. Não sou de mimimis e nem tudo são flores. O joelho dói, as articulações rangem, os problemas de saúde pipocam, mas ainda estamos aqui. E Odete foi uma reposição hormonal grátis, um tapa na cara da menopausa e um vento forte na nuca. Fez arfar aquela moradora grisalha de Copacabana que não se masturbava fazia anos. Outra, do Grajaú, voltou para a ginástica deu uma chance para um peguete antigo. Já a de Ipanema, outrora garota, colocou as pelancas de fora e foi saracotear na Nossa Senhora da Paz. Nunca haverá vilã mais a serviço da idade madura como Fodete. Não é mesmo? Meu bem