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Guilherme Ferretti

Por Guilherme Ferretti, médico e cirurgião plástico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Saúde, Beleza, Autoestima, Estética, Pós-Bariátrica e Qualidade de vida
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Outubro Rosa: reconstrução da mama ajuda na autoestima e saúde mental

O diagnóstico precoce é fundamental para redução de riscos no câncer de mama, mas cuidar do aspecto emocional e estético após a mastectomia também

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Atualizado em 21 out 2024, 12h42 - Publicado em 21 out 2024, 12h40
A importância da campanha Outubro Rosa para falarmos de prevenção e também da saúde mental e auto-estima das mulheres pós-tratamento
A importância da campanha Outubro Rosa para falarmos de prevenção e também da saúde mental e auto-estima das mulheres pós-tratamento (Reprodução/Divulgação)
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É melhor prevenir do que remediar. Não há dúvida de que o ditado popular faz sentido, mas nem sempre é viável seguir ao pé da letra. Algumas doenças, como o câncer de mama, não são tão simples de serem prevenidas e, nestes casos, a forma mais eficaz é o diagnóstico precoce. Estamos no Outubro Rosa, campanha internacional de conscientização, iniciada no Brasil em 2002, com o objetivo de motivar e instrumentalizar a população e os profissionais de saúde para as ações de controle e o cuidado integral relativos aos câncer de mama e do colo do útero, com foco na prevenção e na detecção precoce. Reduzir os riscos no câncer de mama é fundamental, mas precisamos falar também este mês e o ano todo sobre a importância de cuidar do aspecto emocional e, sim, estético, porque estão associados, após o tratamento oncológico e a mastectomia.

O câncer de mama ocupa o primeiro lugar entre as doenças oncológicas – excluindo os casos de câncer de pele não melanoma – que mais acometem mulheres no Brasil. Segundo relatório do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Rio de Janeiro ocupa o terceiro lugar no ranking de incidência de câncer de mama no país. Considerando o triênio 2023-2025, a previsão é que o estado registre 10,2 mil novos casos a cada ano. Ainda de acordo com o instituto, estima-se que em sejam diagnosticados cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama no país ao ano.

Caracterizada por um crescimento descontrolado das células da mama, formando um tumor maligno, o câncer de mama pode atingir tanto mulheres quanto homens, porém é muito mais frequente no público feminino. Apesar de existirem fatores de risco, como histórico familiar, é importante lembrar que qualquer mulher pode desenvolver esta neoplasia.

Emboa ainda não seja possível eliminar completamente o risco de desenvolver a doença, a prevenção está fortemente ligada a dois pilares fundamentais: estilo de vida e à realização de exames de rastreamento. O primeiro inclui hábitos saudáveis em geral como manter o peso adequado, ter uma boa alimentação, praticar atividade física, evitar consumo excessivo de álcool, entre outras. O segundo é se comprometer a fazer exames regularmente, como mamografia e autoexame, para acompanhar e identificar, se for o caso, mudanças relevantes. Além disso, é essencial conhecer o seu histórico familiar e, a partir disso, conversar com seu médico sobre a possibilidade de realizar exames genéticos ou iniciar os exames de rastreamento mais cedo.

O tratamento oncológico normalmente inclui a cirurgia de mastectomia para remoção parcial ou total da mama – sendo que hoje, é possível preservar o mamilo em condições favoráveis a algumas mulheres, quando a região não foi acometida pela doença. Este procedimento é também utilizado como prevenção quando há detecção de riscos importantes de desenvolvimento da doença. O caso mais emblemático de mastecomia preventiva é o da atriz Angelina Jolie, que aos 37 anos, fez a retirada dos dois seios após descobrir que tinha 87% de chances de desenvolver um câncer de mama. Antes da mastectomia, ela passou pela cirurgia de “nipple delay”, para preservar o mamilo. E depois da retirada do tecido mamário, a atriz fez a reconstrução com implantes. Em um artigo intitulado “Minha escolha médica”, publicado em 2013, no jornal The New York Times, Angelina dividiu com os leitores sua experiência, quebrando preconceitos.

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Em ambos os casos – mastectomia para remoção do tumor ou preventiva –, a cirurgia de reconstrução mamária é uma etapa seguinte importante, porque além da contribuição estética, recuperando o contorno das mamas, ajuda na recuperação emocional, na saúde mental e na autoestima da paciente. Não é fácil enfrentar um câncer de mama e também não é fácil lidar com as consequências emocionais e estéticas mesmo após a cura. É preciso que a sociedade olhe de forma mais empática para pacientes que venceram um câncer de mama, pois existem aspectos emocionais e até certo preconceito da sociedade que devemos combater.

Guilherme Ferretti é médico e cirurgião plástico. Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Atua na cirurgia de contorno corporal, estética, reparadora e lesões de pele e tem mais de uma década de experiência na especialidade da cirurgia plástica reparadora pós-bariátrica. Siga: Instagram e Canal Youtube

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