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Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva
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Sedentarismo: razões para evitá-lo

A falta de exercícios físicos agrava problemas de saúde

Por Gilberto Ururahy
Atualizado em 12 jul 2021, 13h07 - Publicado em 6 jul 2021, 11h27
Homem fazendo exercício físico.
A atividade física é “vacina” para quase todos os males da saúde a que o ser humano está sujeito. (Evanto Elemets/Reprodução)
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Em nossos atendimentos nas duas unidades da MedRio, um dos pontos em que mais insistimos com nossos clientes é a importância da prática do exercício físico para se evitar o sedentarismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fosse mais ativa. As estatísticas da OMS mostram que 25% dos adultos e quatro em cada cinco adolescentes no mundo não praticam atividade física suficiente. Mulheres e meninas costumam fazer ainda menos exercícios do que os homens.

Há várias razões para se manter distante do sedentarismo: o exercício ajuda no combate ao estresse do cotidiano, à depressão, na melhora do humor, da libido, da disposição física, do sono de qualidade, no controle do peso corporal, da imunidade, tão importante em um momento de pandemia. Pesquisa da Faculdade de Medicina da USP concluiu que a atividade regular, mesmo que apenas meia hora por dia, ajuda a evitar as internações por Covid-19 em até 35% dos casos. A atividade física é “vacina” para quase todos os males da saúde a que o ser humano está sujeito.

Segundo a própria OMS, o sedentarismo é considerado o quarto principal fator de risco de morte em todo o mundo, mais letal, inclusive, que o hábito de fumar. Além disso, é sabido que ele está relacionado às diversas doenças crônicas, como diabetes, pressão alta, doenças do coração, osteoporose, e, claro, a obesidade.

De acordo com a OMS, a obesidade atinge cerca de 2,3 bilhões de pessoas, algo como 25% da população mundial. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 55,7% da população adulta do país está com excesso de peso e 19,8% está obesa. Ou seja, um em cada cinco brasileiros é obeso.

A pandemia de Covid-19 veio agravar este quadro já tão preocupante. Segundo o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, um estudo envolvendo 14.259 indivíduos mostrou que, durante a pandemia, 19,7% deles tiveram um aumento de ao menos 2 kg em seu peso. Hoje, em recente trabalho concluído em nossas clínicas, 65% dos executivos examinados, homens e mulheres, são sedentários.

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Em um mundo que caminha a passos largos para a vida digital é cada vez menos necessário locomover-se, mesmo para pequenas atividades, como atender o telefone ou mudar de canal de televisão. Soma-se a isso o home office a que muitos funcionários se viram obrigados a adotar. Da noite para o dia, até as pequenas rotas foram suspensas. O resultado do confinamento é menos movimentação, maior ingestão de alimentos, álcool e, consequentemente, aumento de peso.

Nesta retomada da vida pós-vacinação, é fundamental que os indivíduos retornem às atividades físicas do cotidiano e coloquem em dia os exames preventivos, que agem como bússolas para compreensão da atual condição de saúde e, se necessário, norteiam as melhores formas para a busca de mais qualidade de vida. Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a MedRio Check-up, líder brasileira em check up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de três livros: “Como se tornar um bom estressado” (Editora Salamandra), “O cérebro emocional” (Editora Rocco) e “Emoções e saúde” (Editora Rocco).

 

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