Imagem Blog

Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva
Continua após publicidade

A pandemia depois da pandemia

Pesquisa mostra que brasileiros estão bebendo mais, ganharam peso e fizeram menos exercícios desde o aparecimento do coronavírus

Por Gilberto Ururahy
Atualizado em 19 jan 2022, 16h11 - Publicado em 19 jan 2022, 13h08
Homem mede circunferência abdominal.
Obesidade entre adultos: percentual deu um salto durante o isolamento social. (Internet/Reprodução)
Continua após publicidade

Com a vacinação em massa em estágio avançado e o arrefecimento dos casos graves, no que parece ser o começo do fim da pandemia, começa a ficar mais claro o saldo negativo que este momento deixa como consequência na saúde dos brasileiros. Isoladas em casa, as pessoas viram vários de seus hábitos mudarem repentinamente: sedentarismo, insônia, ganho de peso corporal, queda na qualidade da alimentação, usa abusivo de bebida alcoólica.

Pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) aponta um cenário desolador, mesmo entre as pessoas que não contraíram a Covid-19: durante o confinamento social dos últimos meses houve um aumento considerável no consumo de bebidas alcoólicas e no sedentarismo, o que propiciou o aumento do percentual de pessoas com doenças crônicas, como problemas cardíacos, diabetes e obesidade.

A obesidade, por exemplo, que fazia parte da vida de 20,3% da população adulta em 2019. Em 2020, a doença passou a afetar 21,5% das pessoas deste mesmo grupo. Comparado com 2006, o quadro é ainda mais preocupante: apenas 11% da população era obesa, um salto de mais de 10% em apenas 14 anos.

Os impactos são diversos e facilmente identificáveis: fragilidade da saúde mental, pânico e ansiedade, depressão, queda na motivação e dificuldade de concentração. Por meses, atravessamos um tempo em que a casa virou o centro de todas as atividades cotidianas. Para além dos desafios impostos, ficaram todos sobrecarregados com o home office, comendo mal – com significativo crescimento de consumo de ultraprocessados, de calorias e teor de gordura –  e sem se exercitar. Resultado: aumento de consumo de álcool e sedentarismo, como acaba de identificar a pesquisa.

Agora, é tempo de avaliar e reverter os danos. A melhor “vacina” contra os maus hábitos derivados da pandemia é uma fórmula que alia alimentação saudável, prática de atividades físicas com regularidade, distância de bebidas alcoólicas e cigarro, ter noites de sono reparadoras e controle do peso corporal.

Por fim, a realização de exames é uma medida preventiva importante, pois é capaz de identificar doenças, reduzindo as chances de complicações e prolongando a vida. Reveja seus hábitos, faça adequações a um estilo de vida saudável e agende seus exames periódicos.

Continua após a publicidade

Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de três livros: “Como se tornar um bom estressado” (Editora Salamandra), “O cérebro emocional” (Editora Rocco) e “Emoções e saúde” (Editora Rocco).

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.