Os desafios da introdução alimentar
Invista na criatividade e aposte na variedade de alimentos com cores vibrantes
Hoje vamos falar sobre uma etapa que não é só nova para os bebês, mas também para os pais. A introdução alimentar é uma fase de muitas dúvidas para a família, já que em muitos momentos pode ser cansativa. Afinal, tudo o que é novo assusta, não é mesmo? Mas se você e o seu bebê já estão prontos para embarcar nas aventuras da introdução alimentar, não se preocupe. Podemos fazer isso de formas muito divertidas e saborosas.
A Organização Mundial da Saúde direciona que a introdução alimentar se inicie no sexto mês de vida da criança. É importante ressaltar que até esta idade, o bebê deve ter somente a alimentação do leite materno. Nem água, doutora? E a sede? Nem água! O leite materno é tão poderoso e suficiente para o organismo de um recém-nascido que ele consegue suprir tudo o que o corpo necessita. Além de ter nutrientes extremamente importantes, é 90% composto por água, o que garante a hidratação dos bebês.
Após se deleitar por 6 meses com a produção natural materna, é hora de vivenciar novas experiências! É importante ressaltar que o aleitamento materno não deve ser interrompido e deve ser mantido até os 2 anos de idade. Mas é essencial que o pediatra oriente nesta questão e a decisão seja tomada de forma individual, junto com o médico, pois cada caso é um caso.
Doutora, qual deve ser o primeiro alimento oferecido na introdução alimentar? O recomendado é que os bebês iniciem este processo em contato direto com as frutas: amassadas, em leves porções e pequenos pedaços. Hoje, o extenso mercado de produtos infantis proporciona que isso também seja realizado com muita diversão. Os pais podem aproveitar para investir em babadores com estampas, pratinhos e talheres atrativos com desenhos e muito coloridos. Quanto mais cor, melhor! A psicologia das cores é altamente influente. O vermelho e o amarelo são bastante utilizados, já que estudos comprovam que essas cores estimulam o centro cerebral da fome. Então, lembre de usar esses fatores para tornar a iniciação alimentar mais prazerosa.
Na sequência das frutas, porém em intervalos diferentes, podem ser oferecidos os alimentos salgados, como vegetais frescos (tomate, chuchu, abóbora e cenoura), leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico), tubérculos (mandioca, batata, mandioquinha e inhame), as proteínas (carnes vermelhas, brancas e ovos) e os cereais (arroz, macarrão, milho, aveia e quinoa). Antes, a indicação de preparo era de papinhas batidas, para facilitar o máximo possível para a criança. Mas hoje, o importante é que o bebê sinta as texturas e conheça os sabores do que está se alimentando. As carnes devem ser picadas e não desfiadas, para que a crianças não se engasgue.
Mas, doutora, meu filho coloca tudo para fora! Não sei mais o que fazer! Nesse momento, por mais difícil que seja mãe, não desista! Imagine que seu filho está conhecendo novos sabores. Se a criança começar a chorar e você já tentou de todas as formas no almoço, ou no jantar, não insista. Mas persista ao longo dos outros dias. Cada bebê possui o seu tempo e sim, ele se acostumará. Busque fazer formas e desenhos com os alimentos, cante músicas animadas durante a introdução. E o principal: aposte na variedade que a natureza proporciona. Mude o cardápio e use a criatividade diariamente dentro do que é recomendado pelo pediatra. E por último: dê tempo ao tempo, tanto para o bebê e para você. Pense que milhares de mães já passaram por isso e é só uma fase.