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Daniela Alvarenga

Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Remake da mulher de 60

Discussões sobre etarismo esquentam com a volta da icônica vilã Odete Roitman; nos novos 60, nenhuma mulher precisa se enquadrar no estereótipo de “idosa”

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15 Maio 2025, 11h07
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Beatriz Segall e Débora Bloch, como Odete Roitman: a mesma personagem e imagens bem diferentes (TV Globo/Divulgação)
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As discussões sobre etarismo, que ganharam força com o boom de influenciadoras 50+ nas redes sociais, esquentaram ainda com o remake de Vale Tudo, que trouxe de volta a icônica vilã Odete Roitman. Muita gente estranhou que a personagem vivida por Beatriz Segall, em 1988, voltasse na pele de Débora Bloch. Houve quem dissesse que Débora seria muito nova para o papel. Matérias em jornais e revistas não demoraram a mostrar que a atriz tem a mesma idade que Beatriz tinha quando a primeira versão de Vale Tudo estreou, em maio de 88:  61 anos.

A imagem das duas realmente é bem diferente. E isso só mostra que não se fazem mais mulheres de 60 como há 37 anos. Também não significa uma busca pela eterna juventude. Mas, sim, ter consciência de que não precisamos nos enquadrar nos estereótipos relacionados aos “oficialmente” idosos. E isso vai além da aparência. É uma questão de atitude. Não é querer parecer mais jovem. Mas saber que não é a idade que nos define.

E os 60 podem significar começos e recomeços. Muitas pacientes chegam ao consultório achando que é tarde para iniciar alguns cuidados com a pele, para entrar para a academia, para começar uma dieta. O que eu sempre digo é que nunca é tarde para realizarmos os nossos desejos. 

A expectativa de vida vem aumentando e claro que precisamos nos preparar para um envelhecimento feliz e  saudável. E sempre é hora de começarmos a nos cuidar para isso.

A dica número um é, além de usar filtro solar todos os dias, mesmo nos nublados, investir na hidratação. Beba ao menos dois litros de água por dia e aplique cremes hidratantes, com ácido hialurônico, por exemplo, para o seu tipo de pele. 

Inclua alimentos ricos em antioxidantes na dieta, como cenoura, tomate, uva e laranja. Você também pode usar cremes com antioxidantes, como vitamina C, resveratrol e derivados retinóides. Converse com o seu médico também sobre a necessidade de suplementos nutricionais que minimizem os efeitos dos radicais livres e reduzam os danos causados pelo estresse oxidativo. Mas, lembre-se: esses produtos só devem ser usados com orientação médica.

Durante o processo de envelhecimento, a pele perde elasticidade e fica mais ressecada levando à flacidez e ao aumento de rugas. A produção de colágeno começa a diminuir 1% ao ano, a partir dos 25 anos. Aos 60, já perdemos quase 40%.  Pensa que é tarde para começar a fazer procedimentos que estimulam a produção de colágeno? Não é, não. Ainda mais se pensarmos que, com a maior longevidade, vamos ter tempo para usufruir dos benefícios do tratamento por mais 20, 30 até 40 anos. 

Se o grau de flacidez for muito acentuado, a cirurgia plástica pode ser uma opção. Mas se você é do tipo que não pode nem ouvir falar em bisturi, existem muitas opções: além dos bioestimuladores de colágeno, radiofrequência monopolar, ultrassom microfocado, toxina botulínica, preenchimentos e lasers para rejuvenescer a pele. O tratamento é personalizado e será definido pelo médico a partir de uma avaliação criteriosa, não só da pele como das estruturas ósseas, da camada muscular e dos coxins gordurosos (estruturas de gordura que dão sustentação ao rosto).

Todo o tratamento depende de uma conversa franca, onde o médico vai apresentar as possibilidades e alinhar expectativas com a realidade. E nessa conversa não entra nenhum tipo de preconceito. Muito menos etarismo.

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