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Daniel Sampaio

Por Daniel Sampaio: advogado, ativista do patrimônio, embaixador do turismo carioca e fundador do Instagram @RioAntigo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Os 101 anos da cantora Elizeth Cardoso, a Divina

Minha homenagem a uma das maiores artistas da nossa música

Por Daniel Sampaio Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jul 2021, 15h40 - Publicado em 16 jul 2021, 23h05
Elizeth Cardoso, em 1957, no filme "Espírito de Porco", um dos muitos musicais dos quais participou no cinema.
Elizeth Cardoso no filme "Espírito de Porco", de 1957, um dos muitos musicais dos quais participou no cinema -  (Site "Memórias Cinematográficas"/Reprodução)
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Em 16 de julho de 2020, nascia, na Rua Ceará, pertinho da Praça da Bandeira, a grande diva Elizeth Cardoso. Conhecida como “A Divina”, Elizeth é considerada uma das mais importantes e talentosas cantoras da MPB. Brilhou intensamente a Era do Ouro do rádio, gravou seu nome na história do choro e do samba e também deixou sua marca na invenção da bossa nova.

Elizeth lançou, em maio de 1958, o álbum “Canção do Amor Demais”, um dos 100 maiores discos brasileiros segundo a Rolling Stone Brasil. Nele, Elizeth gravou, pela primeira vez, “Chega de Saudade”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, o hino inaugural da bossa nova.

Elizeth fez muito sucesso também no cinema, tendo participado de sete filmes, todos eles musicais da década de 1950, nos quais cantou lindamente e muito bem acompanhada — inclusive de João Gilberto.

Elizeth foi, na minha opinião, a cantora que melhor interpretou “Carinhoso”, o belíssimo choro de João de Barro e Pixinguinha — que é a minha canção favorita de todos os tempos. Elizeth me emociona e toca a minha alma.

Afinal, a nossa Elizeth conviveu com Tia Ciata e Noel Rosa. Foi descoberta por ninguém menos que Jacob do Bandolim, aos dezesseis anos de idade. Foi amiga de Sarah Vaughan e Nat King Cole. Influenciou Maysa, Elis e tantas outras. Conviveu com os grandes e foi enorme ela mesma.

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Desculpem o clichê, mas Elizeth foi também uma “mulher à frente de seu tempo”. Lutou como poucas pela autonomia profissional da mulher na música. Foi mãe solteira, foi independente. Foi transgressora e precursora.

Nossa diva faleceu em 1990, com 69 anos, devido a complicações de um câncer no esôfago, deixando muita, mas muita saudade.

VIVA ELIZETH CARDOSO, A DIVINA!

*Daniel Sampaio é advogado, memorialista e ativista do patrimônio. Fundou o Instagram @RioAntigo e é presidente do Instituto Rio Antigo.

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