Responsabilidade social
Passo a passo: empresárias criam um sistema focado em sustentabilidade empresarial
Isabela Esteves e Sabrina Petry criaram um negócio focado em sustentabilidade e responsabilidade social. Elas se conheceram por acaso, quando trabalharam juntas em uma empresa de consultoria de marketing social. A sinergia fez com que criassem a Lamparina, que, desde 2012, foi definida com a missão de ajudar organizações a extrair o que têm de melhor para a sociedade, independentemente do segmento.
O trabalho envolve estratégia de governança, posicionamento institucional e comunicação, sempre a partir da ótica da sustentabilidade e da responsabilidade social. Elas atuam desde o diagnóstico, onde identificam o nível de maturidade em sustentabilidade da organização. Daí partem para o desenho da estratégia e elaboração de diretrizes para um negócio mais sustentável, e para a gestão de indicadores da nova atuação, até o planejamento da comunicação. É a conexão da sustentabilidade com a comunicação.
“A Lamparina surgiu da ideia de ter nosso trabalho gerando um impacto positivo no mundo. Víamos as empresas trabalharem a sustentabilidade de forma muito fria, desconectada dos seus públicos e sem a humanização, que acreditamos ser fundamental. Acreditávamos que poderia ser de outra forma, mais envolvente, criativa e inovadora”, conta Isabela Esteves, que completa: “O tema sustentabilidade ganhou força dentro das organizações e isso foi determinante para a visibilidade que a Lamparina conquistou”.
A dupla aproveitou e criou um guia com dicas para uma empresa sustentável:
1. Comece olhando pra dentro. O que é o seu negócio? Quem são as pessoas que trabalham para você? Com base nesse diagnóstico, trace um plano. Pense no curto, no médio e no longo prazo. Tenha em mente os três pilares da sustentabilidade – social, ambiental e econômico. Pense em como é possível minimizar seus impactos negativos e potencializar os positivos.
2. Do ponto de vista ambiental pode-se começar com medidas simples:
– Iniciativas de eficiência energética, com utilização de energias
alternativas
– Gestão de resíduos (parcerias com cooperativas)
– Gestão eficiente de água (reaproveitamento de água da chuva e destinação para limpeza)
3. Do ponto de vista de governança:
– Construção de mecanismos de ética e transparência, como canal de denúncias para evitar preconceito dentro do ambiente de trabalho
– Treinamentos que envolvem temáticas de direitos humanos
– Políticas anticorrupção
4. Do ponto de vista social podemos começar olhando para o trabalhador e pensando em como contribuir para um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo:
– Implementação de políticas de bem estar
– Capacitações
– Plano de carreira
– Benefícios que envolvam a saúde integral
5. Comunicação e relacionamento: diálogo é fundamental para a sustentabilidade. conhecer e estreitar laços com todos os públicos do negócio é a chave para o engajamento contínuo. Isso vale desde o acionista, até o cliente, passando por colaboradores e fornecedores
6. O ambiente: é importante olhar para a comunidade onde a empresa está instalada e para os locais onde ela presta serviços. O que pode ser feito para o desenvolvimento daquela localidade? Parcerias com organizações ou outras empresas vizinhas podem contribuir nesse sentido. O relacionamento com o poder público local também constitui mais uma fonte para a construção de redes.
7. Inovação: sustentabilidade anda de mãos dadas com inovação. Invista em pesquisas, tecnologias, repense processos para que tenham menor impacto social e ambiental.
8. Mudança de prioridades: falar de sustentabilidade é mudar a lógica do lucro a qualquer custo e no menor prazo possível, pensando na longevidade do negócio e entendendo que a empresa faz parte da sociedade e deve estruturar seu negócio como tal. Os ganhos virão em números, criatividade, retenção de talentos e inovação contínua.