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Bruno Chateaubriand

Por Bruno Chateaubriand, jornalista Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Georgette Vidor, figura imprescindível na conquista do bronze da ginástica

Técnica do Flamengo é responsável por revelar e incentivar atletas de ponta há quatro décadas

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Atualizado em 31 jul 2024, 13h00 - Publicado em 31 jul 2024, 12h53
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Georgette Vidor: responsável por revelar grandes nomes da ginástica posa com Daniele Hypólito e Daiane dos Santos (Reprodução/Instagram)
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Quando se fala da história da ginástica artística feminina no Brasil, é fundamental destacar o gigantesco protagonismo do Rio de Janeiro. À base de muito planejamento e esforço, a cidade vem construindo um legado que transcende fronteiras e, enfim, vem conquistando pódios.

Tudo começou com Cláudia de Paula Costa Magalhães, a primeira ginasta da história a competir em Jogos Olímpicos, em 1980, em Moscou. Apenas dois anos antes, em 1978 a Seleção Brasileira participava – pela primeira vez com equipes completas, tanto no feminino quanto no masculino – do Campeonato Mundial, realizado na França.

Em 1984, em Los Angeles, chegava a vez de Tatiana Figueiredo, que hoje é treinadora da Seleção de Ginástica de Trampolim. Naquela edição, o país já apresentava um crescimento interno da modalidade, conquistando mais adeptos, ao passo em que as federações ficavam mais atuantes.

Foi justamente nessa época que uma personagem importantíssima despontou, ajudando a mudar o cenário competitivo da ginástica brasileira: Georgette Vidor.

Hoje com 66 anos, a carioca pode ser considerada uma das mães da ginástica artística feminina nacional. Contratada pelo Flamengo nos anos 1980, ela é responsável por revelar, há quatro décadas, novos nomes do esporte.

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Luísa Parente, que esteve nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, já figurando na final individual geral, e em Barcelona, em 1992, é um dos nomes revelados por Vidor, assim como Silvia Mendes, que nos 1990 arrancou muitos suspiros com grandes atuações.

Em 1997, um grave acidente com ônibus que levava a equipe do Flamengo deixou Vidor paraplégica e vitimou seis pessoas. Ela seguiu com a carreira.

Bem no início da década de 2000, Daniele Hypólito, também pupila da técnica do Flamengo, alçou o esporte brasileiro a um novo patamar, ocupando o lugar histórico de uma conquista sem precedentes, já que se tornou a primeira ginasta da história a conquistar uma medalha em campeonato mundial.

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Em um esporte carregado de avaliações subjetivas, furar a bolha era algo praticamente impossível. No entanto, Daniele chega em 2001, no mundial de Ghent, na Bélgica, como um grande nome, conquistando finais e mais finais.

Naquele mesmo ano, Daiane dos Santos mostrou seu talento para o mundo e, em 2003, conquistou o ouro no Campeonato Mundial realizado em Anaheim, na Califórnia, numa performance inesquecível no solo, derrotando as favoritas Catalina Ponor, da Romênia, e a espanhola Elena Gómez.

Nesse meio-tempo, Georgette foi demitida do Flamengo, foi eleita deputada estadual, trabalhou como coordenadora da seleção brasileira de ginástica artística feminina e voltou ao clube em 2020.

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Desde então, nomes como Jade Barbosa, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade passaram pelo guarda-chuva de Georgette Vidor. De temperamento forte, a treinadora já prepara mais um legado no Flamengo, com dezenas de meninas com muito talento.

Os vídeos das comemorações das pequenas registrados nesta terça (30), logo após a conquista inédita do bronze pela equipe feminina mostram que a base na Gávea vem forte para as próximas olimpíadas.

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