O que significa a volta dos frangos d’água à Lagoa Rodrigo de Freitas
Resultados do trabalho de naturalização, que recompôs trechos do espelho d'água que haviam sido urbanizados, começam a aparecer
Menos de seis meses após a iniciação do trabalho de naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas, a paisagem no local já está mudando. Ao menos na altura do Parque do Cantagalo, onde trabalho de recomposição de trechos do espelho d’água que haviam sido urbanizados foi o primeiro a ser concluído, em outubro. Além das novas espécies de flora que foram introduzidas, diversas aves têm aparecido na área.
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Nesta terça (28), o biólogo Mario Moscatelli, coordenador técnico do projeto de naturalização, registrou imagens de um frango-d’água chocando três ovos dentro da área naturalizada. A espécie já tinha voltado a aparecer na lagoa, mas não neste trecho. “Como esperado e informado, a área naturalizada vai exercendo sua função de espaço reprodutor. A surpresa, até para mim, foi a rapidez com que aconteceu”, disse o biólogo ao jornal O Globo.
“Além de tirar a ciclovia dos trechos de alagamento, pela primeira vez na história estamos devolvendo para a Lagoa o que um dia já foi dela. Sem falar que é muito emocionante ver que com o nosso projeto a fauna está retornando para o local e se reproduzindo, uma prova de que estamos fazendo a coisa certa”, acrescentou o subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle.
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Depois de mais de cem anos de sucessivos aterramentos, o projeto de naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas tem como objetivo incorporar ao perímetro da lagoa áreas que ficavam constantemente alagadas, no Parque do Cantagalo e na altura do Parque dos Patins, oficializando um novo traçado para a ciclovia e fazendo a readequação ambiental dos trechos. A ação é uma iniciativa da Prefeitura do Rio, por meio da Subprefeitura da Zona Sul em parceria com a Fundação Rio-Águas.