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Doutores de hospitais

Consultores se especializam em reabilitar centros médicos em situação crítica

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 jun 2017, 14h55 - Publicado em 15 jul 2011, 18h03

De uns tempos para cá, termos como CTI linear, ecodoppler colorido e hemodinâmica foram incorporados à rotina dos administradores Carlos Vaisman e Luís Henrique Oliveira. Sócios em uma empresa de consultoria, eles tornaram-se especialistas em recuperar hospitais cariocas cuja saúde financeira inspira cuidados. Seu trabalho, em resumo, é oxigenar centros de saúde que enfrentam problemas gerenciais ou buscam incrementar suas atividades. Para isso, eles passam a viver o dia a dia do local até traçar uma radiografia completa de todos os setores, da área de recursos humanos ao ambulatório. De posse dos dados, eles diagnosticam os problemas e apontam soluções, que quase sempre envolvem mudança nos investimentos e nas prioridades (veja o quadro abaixo). ?Nós salvamos os hospitais para que eles, por sua vez, possam salvar os pacientes?, afirma Vaisman, executivo com passagem pela presidência da TIM regional.

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Quem foi recentemente a um hospital particular no Rio, seja para internar um parente ou em busca de uma consulta médica, provavelmente teve de encarar uma demorada fila de espera até o atendimento. O desconforto resulta de uma equação simples: a oferta não acompanhou o aumento da demanda. Com a precariedade do serviço público nessa área, uma legião de cariocas correu para os planos de saúde privados e, assim, passou a ter acesso a uma gama mais ampla de opções. Segundo a Agência Nacional de Saúde, mais da metade da população da capital, que está em torno de 6,3 milhões de pessoas, tem algum convênio particular. Como consequência, o grande afluxo criou um gargalo nos hospitais até então considerados de bom padrão. O resultado dessa combinação é a insatisfação generalizada com os serviços prestados. ?O cliente conveniado mudou muito. Seu nível de exigência é bem mais alto?, aponta Oliveira.

Fundados muitas vezes por membros de uma família ou cooperativa de médicos, os hospitais do Rio não raro se veem à mercê de gestores pouco profissionais, que podem ocasionar déficits crescentes como uma bola de neve. A missão dos dois consultores é arrumar a casa e depois devolver o controle do negócio aos proprietários. Atualmente, eles estão envolvidos na recuperação do Hospital da Barra e do Prontocor. Um ano atrás, o primeiro apresentava um quadro grave, com uma dívida de 20 milhões de reais. Depois da terapia de choque, a melhora é sensível: o hospital não só saiu do vermelho como está prestes a aumentar sua capacidade de 75 para 107 leitos. Em breve, poderá ter alta.

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