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Após suspensão em cidades paulistas, Carnaval do Rio também está ameaçado?

MP e Defensoria Pública recomendam que Rio reveja critérios sanitários para a realização da festa em 2022

Por Da Redação
25 nov 2021, 15h01

Depois que mais de 70 cidades do estado de São Paulo decidiram cancelar o carnaval em 2022, ainda por causa da pandemia de coronavírus, a liberação da festa no município do Rio está sendo questionada. O Ministério Público e a Defensoria Pública do Rio do estado enviaram à prefeitura uma recomendação para que o Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC), grupo de especialistas em Saúde Pública que assessora as autoridades municipais, reavalie os critérios que adotou para liberar tanto o carnaval quanto o réveillon. O comitê dá sinal verde para que as comemorações aconteçam caso o atual cenário epidemiológico local se mantenha.

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O documento, entregue à prefeitura na última sexta-feira (19), pede que seja convocada, num prazo de 24 horas, uma nova reunião do comitê científico da cidade para rediscutir as premissas até o momento adotadas “para o progressivo relaxamento de importantes medidas de combate à pandemia”, considerando “experiências internacionais e de amplas evidências técnicas e científicas em sentido contrário às posturas até então adotadas pelo Município do Rio de Janeiro”. A nova decisão do comitê terá de ser comunicada em até dez dias após o recebimento da recomendação.

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A recomendação conjunta n° 01/2021 foi assinada por quatro representantes de ambos os órgãos de controle, entre eles, Thaisa Guerreiro, coordenadora de Saúde e Tutela Coletiva da Defensoria Pública, e Alessandra Nascimento, subcoordenadora de Saúde e Tutela Coletiva do Ministério Público. E considera que as cinco condições para o acontecimento das festas – propostas por Roberto Medronho, professor titular de Epidemiologia da UFRJ, e Hermano Castro, ex-diretor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (Ensp/Fiocruz), em poio à Comissão Especial de Carnaval da Câmara dos Vereadores – não foram completamente atendidas.

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O documento prevê, por exemplo, que 80% das populações totais do município, do estado e do país estejam com o esquema vacinal completo. Na cidade, no entanto, esse índice é de 76,8%; no estado, de 59,2%; e no país, de 60%. O relatório de Medronho e Castro vai ao encontro da edição de 4 de novembro do Boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz, que sugere a mesma marca de cobertura vacinal para a realização de eventos com grande público.

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Em São Paulo, embora as taxas de ocupação estejam baixas e os índices da doença registrem melhoras no comparativo com os piores meses da pandemia, na avaliação de alguns prefeitos o momento é de cautela. Entre estes gestores municipais estão os de Botucatu, Sorocaba, Mogi das Cruzes, Poá e Suzano. Também foi cancelado o tradicional carnaval de São Luiz do Paraitinga, que leva multidões às ruas. Será o segundo ano consecutivo que o evento não ocorrerá nesses municípios.

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