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Como é o submarino Tonelero, lançado por Lula e Macron em Itaguaí

É o quinto da frota brasileira e o terceiro construído totalmente no Brasil; embarcação foi batizada pela primeira-dama Janja da Silva

Por Da Redação
27 mar 2024, 14h16

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente francês, Emmanuel Macron, participaram nesta quarta (27) da cerimônia de batismo e lançamento ao mar do submarino Tonelero (S42), em Itaguaí, no Rio. Com o mesmo nome de uma embarcação de 1978 que afundou na noite de Natal do ano 2000 na Baía de Guanabara, o Tonelero foi batizado pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, como é tradição na Marinha do Brasil. Ele é um dos quatro movidos a propulsão diesel-elétrica previstos no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), uma parceria entre o Brasil e França firmada em 2008, com orçamento de aproximadamente R$ 40 bilhões.

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Terceira embarcação convencional deste tipo produzida no país, o Tonelero ainda passará por testes para avaliar os sistemas de combate e navegação, além de sua estabilidade no mar. Atualmente, dois submarinos desenvolvidos pelo Prosub já estão em operação: Humaitá e Riachuelo – todos as unidades desenvolvidas pelo Prosub são batizadas com nomes de batalhas vencidas pela Marinha no Século XIX. O nome Tonelero, por exemplo, faz menção à principal ação naval da Marinha Imperial brasileira na Guerra do Prata (1851-1852), também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas. O programa contempla ainda a construção do S-BR Angostura (S43) e do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN) Álvaro Alberto, a ser construído até 2033.

“Há 16 anos, este lugar de Itaguaí era apenas florestas e pântanos. Hoje é um dos estaleiros de construção de submarinos mais modernos do mundo. Tonelero vai ser sinônimo de uma vitória brasileira, mais industrial, mas sem dúvida uma vitória”, disse Macron. “Essa parceria representa uma transferência inigualável de tecnologias. Jamais compartilhamos tanto o nosso know-how como com o Brasil”, destacou.

Com 71,62 metros de comprimento, 6,2 m de diâmetro e 15 m de altura, o Tonelero é o quinto submarino da frota brasileira e o terceiro com propulsão diesel-elétrica construído totalmente no Brasil. O S42 tem capacidade de deslocamento de 1.870 toneladas e pode ficar em operação por até 70 dias. O submarino foi construído para superar a profundidade de 250 metros e atingir uma velocidade máxima de 37 km/h. Em seu interior, o Tonelero pode transportar até 35 pessoas. Sua tripulação atual conta com 27 praças e 8 oficiais da Marinha. O submarino conta com duas escotilhas e é dividido em 17 compartimentos principais. O novo equipamento das Forças Armadas do Brasil será equipado com 6 turbos de armas capazes de lançar torpedos, mísseis antinavio e minas. O Sistema de Combate do submarino tem ainda sensores acústicos, eletro-ópticos e óticos, além de equipamentos de guerra eletrônica.

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Foi na noite do dia 24 de dezembro de 2000 que um dos maiores submarinos da frota brasileira teve baixa, indo parar no fundo da Baía de Guanabara. De acordo com a Marinha, o antigo Tonelero (S21) estava atracado para reparos e o naufrágio o ocorreu após um defeito nas válvulas do sistema hidráulico, que provocou o alagamento da embarcação. Os nove tripulantes tentaram, mas não conseguiram impedir o alagamento e abandonaram o Tonelero sem ferimentos. Dentro da embarcação que foi parar no fundo da baía ficaram quatro torpedos desativados que não ofereciam riscos de explosão.

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