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… para Seu Jorge

Por Rafael Sento Sé
Atualizado em 5 dez 2016, 16h05 - Publicado em 26 ago 2011, 19h45

Criado na favela do Gogó da Ema, em Belford Roxo, o músico e ator deu os primeiros passos na carreira artística como faz-tudo em um grupo de teatro da Uerj, nos anos 90. Hoje, é um astro pop – sua rotina inclui compromissos como o convite de Bono Vox para participar da última noite da turnê 360º, do U2, em São Paulo, em abril. Em suas apresentações mundo afora, ele é prestigiado por colegas do cinema como Gael García Bernal, Natalie Portman, Bill Murray e Joseph Fiennes. Menos de um ano depois de lançar o disco Seu Jorge & Almaz, ele sobe ao palco da Fundição Progresso, no sábado (3), para mostrar o repertório popular de Músicas para Churrasco Vol. 1.

As letras do disco novo são crônicas. São inspiradas em personagens reais? Eu me inspiro muito na teledramaturgia. A Doida é uma figura que, se eu fosse fazer um filme disso, a atriz para esse papel seria a Deborah Secco. Em Insensato Coração ela fazia a doida. Estava em todas, casa com um cara maluco que é meio a fim dela, mas que esculacha ela também. Já Amiga da Minha Mulher é uma situação que todo homem já passou. Ele não está nem vendo, tem a nega dele, mas a amiga da mulher dá mole. Fica todo mundo sacando, e ele naquela situação. Está na dele, mas a mina é uma gata, e ele olha para a mina e pensa: pego ou não pego, pego ou não pego? Não pega, mas ele fica na dúvida.

Como foi o seu encontro com a Natalie Portman? Estava lançando o CD Cru, no Royal Albert Hall, em Londres. Depois, no camarim, chega o Gael, acompanhado de uma moça mascarada, era noite de Haloween. Quando tira a máscara, era aquela deusa do cinema. Fiquei todo bobo, com vergonha, olhando para o chão. Ela me deu a máscara e ganhei dois beijinhos no rosto daquela linduda.

Parece que há outro artista na família. Você é mesmo sobrinho da cantora Jovelina Pérola Negra (1944-1998)? Sim, mas não de sangue. Ela era muito amiga da minha mãe, trabalhavam juntas numa empresa que fazia faxina nas plataformas e nos vagões do metrô, mas em turnos diferentes. Quando a Jovelina chegava, passava no cômodo em que a gente morava, numa vila de quartos, para nos ver. Por precaução, eu e meus irmãos éramos trancados pela minha mãe com um cadeado do lado de fora. E só as duas sabiam onde ficava a chave. Ela cuidou da gente um tempo. Depois fui pego de surpresa quando ela se tornou artista.

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