“Não vamos impedir”, diz CEO do Rock in Rio sobre manifestações políticas
Luis Justo afirmou, no entanto, que o festival se manterá isento, como sempre. Em março, TSE tentou proibir artistas de se posicionarem no Lollapalooza
O CEO do Rock in Rio, que acontece no mês anterior ao primeiro turno das eleições, anunciou que o festival não vai proibir manifestações políticas.
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Em entrevista à Folha de S. Paulo, Luis Justo afirmou: “Não vamos impedir que, num ambiente democrático, as pessoas se posicionem, elas têm liberdade de se expressar.”
No entanto, ele frisou que, como nas edições anteriores, o Rock in Rio se manterá isento. “Nossa forma de fazer política é através do exemplo, da sustentabilidade”, disse.
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Em março, o Partido Liberal (PL), legenda do presidente Jair Bolsonaro, entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o Lollapalooza pedindo a proibição de manifestações políticas durante o evento, após Pabllo Vittar erguer uma bandeira de Lula levada por um fã.
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O ministro Raul Araújo, do TSE, classificou o ato como propaganda eleitoral e determinou multa de 50 mil reais para a organização do festival caso acontecessem outros atos do gênero.
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O tiro acabou saindo pela culatra para Bolsonaro e seu partido: após a proibição, vários artistas resolveram se posicionar contra o atual presidente e pré-candidato à reeleição. A banda Fresno botou os dizeres “Fora Bolsonaro” no telão. O baterista dos Strokes, o brasileiro Fabrizio Moretti, gritou a mesma mensagem ao fim do show da banda. Emicida fez um forte discurso contra o político do PL.
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