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Rio perde 678 milhões de reais com trânsito em dias de chuva. Entenda

Cálculo foi feito a partir de base de dados inédita, compreendendo informações de GPS de alta frequência dos ônibus e de adesão ao transporte público

Por Da Redação
4 set 2024, 13h39
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    Trânsito na chuva: perda não só de tempo (Climatempo/Reprodução)

    Os efeitos das chuvas de alta intensidade (CAI) na mobilidade urbana do Rio são bem conhecidos empiricamente pelos cariocas, mas foram esmiuçados academicamente em estudo recente da Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (EPGE/FGV). Segundo o levantamento, o tempo perdido em engarrafamentos provocados pelos temporais custa caro. Mais especificamente R$ 678 milhões. O cálculo foi feito a partir de uma base de dados inédita, compreendendo informações de GPS de alta frequência dos ônibus do Rio de Janeiro e dados de adesão ao transporte público, ambos entre 2017 e 2018.

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    A pesquisa que quantifica os impactos significativos dessas chuvas na utilização e funcionamento do sistema de transporte público carioca foi feita pelo doutorando Pedro Henrique Chaves Maia, orientado pelo professor Bruno Barsanetti. E foi dividida em quatro partes principais:

    Estimativa de Perdas de Velocidade – avaliação das perdas de velocidade dos ônibus derivadas das chuvas intensas.

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    Identificação de Gargalos – identificação de gargalos induzidos pelas chuvas intensas, com uma análise detalhada da heterogeneidade espacial.

    Adaptação dos Passageiros – análise das alterações do uso de transporte público em virtude das chuvas intensas.

    Análise de Impacto – avaliação da efetividade da infraestrutura urbana e intervenções públicas na mitigação da perda de velocidade do trânsito decorrente das chuvas intensas.

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    O estudo também constatou uma diminuição média de 8,94% na velocidade dos ônibus durante ocorrências de chuvas intensas e que as áreas de planejamento mais ricas (Zona Sul e Centro) sofrem menor perda de velocidade viária decorrente das CAI mais recorrentes, porém menos intensas. Também há uma queda no número de passageiros utilizando o sistema de transporte público durante chuvas moderadas. Esse efeito é atribuído à inconveniência de acessar estações e paradas. Em chuvas mais severas, entretanto, os passageiros optam mais pelo transporte público, provavelmente, em virtude da maior resiliência do sistema ferroviário.

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    O levantamento destaca a relevância de uma análise aprofundada dos impactos das chuvas de alta intensidade, não apenas para a compreensão dos desafios atuais, mas também para a preparação para cenários futuros previstos pelas mudanças climáticas. E aponta caminhos para a formulação de políticas públicas neste sentido.

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