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Em algum lugar do passado

Listamos dez programas para você entrar na máquina do tempo e conhecer o Rio de Janeiro que parou em algum lugar do passado

Por Ernesto Neves
Atualizado em 5 jun 2017, 14h40 - Publicado em 6 fev 2012, 09h44

Reviver o passado está na moda. Do aplicativo Instagram, que aplica filtros a fotos tiradas de Iphone e deixa as imagens amareladas, até o filme mudo “O Artista”, candidato ao Oscar, todos olham para o passado em busca de emoções e imagens perdidas. O Rio, que foi capital do país até 1960, guarda tesouros que refletem a importância da cidade para a história do Brasil. Para ajudá-los a revisitar esse passado glorioso, listamos dez locais da cidade que são verdadeiras máquinas do tempo.

1 – Assistir a um programa da Rádio Nacional. Poucos cariocas sabem, mas é possível reviver o glamour da Rádio Nacional. Criada em 1936, foi um marco na história do país como primeiro veículo com alcance nacional. O apogeu veio nos anos 50, quando assistir as atrações no auditório da rádio era programa disputadíssimo. Quem quiser, pode relembrar os Anos Dourados conferindo a apresentação do grupo Época de Ouro, que acontece todas as sextas, das 17h às 19h. Já aos sábados, das 11h às 12h, é apresentado a Rádio Maluca, voltada para os pequenos (Veja aqui a programação completa).

Onde: Praça Mauá, 7, Centro, 21° andar, tel. 2253-7956 e 2253-7954. Grátis.

2 – Comer doces como nos tempos da vovó. Vencedora da categoria Melhor Doce Português do guia Comer e Beber 2011, Alda Maria Campos prepara seus quitutes da mesma maneira como nossas avós faziam. Das receitas aos instrumentos, passando pelo ambiente, tudo soa retrô em sua loja, instalada em um casarão de Santa Teresa. Delícias como pastel de santa clara, dom rodrigo e ovos moles fazem com que o estabelecimento esteja sempre movimentado. No local também há o museu do doce, com balanças, panelas e outros utensílios antigos em exibição.

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Onde: Rua Almirante Alexandrino, 1116, Santa Teresa, ☎ 2232-1320. 14h/19h (fecha seg.).

Berg Silva
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3 – Passear pelo Real Gabinete Português de Leitura. Fundado em 1837 por um grupo de 43 imigrantes portugueses, a biblioteca tinha como objetivo prover cultura aos europeus residentes por aqui. Ao longo de seus 175 anos de existência, o gabinete reuniu em suas galerias cerca de 350 000 títulos, um tesouro à disposição dos cariocas. Aberto ao público desde 1900, tem relíquias guardadas como a obra Ordenações de Dom Manuel, de Jacob Cromberger, escrita em 1521.

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Onde: Rua Luís de Camões, 30, Centro, tel. 2221-3138. Segunda a sexta (9h/18h).

4 – Voltar ao século XIX sem sair de Botafogo. Pedacinho do século XIX em plena agitada Rua São Clemente, em Botafogo, a antiga chácara foi moradia do influente político Rui Barbosa de 1895 até sua morte , em 1924. Escritor, jurista e diplomata, Barbosa teve atuação fundamental para a criação da República e a abolição da escravatura, sendo ministro da Fazenda após a queda do império. Como nos tempos em que estava no centro das decisões políticas brasileiras, a casa guarda mobiliário, jardins e objetos conservados. Onde: Rua São Clemente, 134, tel. 3289-4600. De segunda a sexta (9h/18h).

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5 – Assistir a um filme no Cine Odeon. Inaugurado em 1926, é o único cinema a sobreviver na Cinelândia. O local tornou-se o epicentro cultural da cidade durante a primeira metade do século XX, ao concentrar enormes salas, que difundiam por aqui as superproduções de Hollywood. Dentro, um imponente lustre de 61 lâmpadas mantém viva a identidade aristocrática de seu ambiente, acostumado a receber os ricaços e políticos a então capital brasileira. Reformado em 2000, tem hoje quase 600 lugares dentro dos padrões modernos de conforto (Veja a programação completa ).Onde: Praça Floriano Peixoto, 7, Centro, tel. 2240-1093.

6 – Provar as delícias da Casa Cavé. Mais antiga confeitaria do Rio, foi inaugurada em 1860 pelo francês Charles Auguste Cavé. Na lista de delícias encontram-se cerca de 40 tipos de doces, que encantaram frequentadores ao longo dos últimos 152 anos. Incluem-se os portugueses, como o toucinho do céu, além de biscoitos e tortas. Há ainda o tradicional chá, que vem acompanhado por comidinhas doces e salgadas e é servido na saleta para dez pessoas. Fique atento para os belos azulejos que decoram as paredes da confeitaria.

Onde: Rua Sete de Setembro, 137 e Rua Uruguaiana, 11, Centro, tel. 2222-2358 e 2221-0533.

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7 – Chope gelado há 125 anos. Quando abriu as portas, em 1887, o país tinha como figura máxima de poder D. Pedro II. Um ano após a inauguração, o bar passou a servir o chope de uma nova cervejaria, a Brahma, e desde então trabalha com a marca. No início, o chope gelado causava estranheza nos paladares cariocas, e os frequentadores tinham a disposição esquentadores, objetos metálicos preenchidos com água quente. Desde 1927, o Bar Luiz ocupa o atual endereço, marcado pela arquitetura art déco, que foi tombado em 1985. (Confira as dicas gastronômicas do bar). Onde: Rua da Carioca, 39, tel. 2262-6900, 11h/23h30 (fecha dom.)

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8 – Visitar um castelo mal assombrado. Além de muitas histórias, a cidade também guarda suas lendas (conheça locais assombrados por fantasmas no Rio). Abandonado por décadas, o centro cultural Oduvaldo Vianna Filho, mais conhecido como Castelinho do Flamengo, tem uma história sombria. Construído em 1918 por um rico empreendedor português, o castelinho teve dias gloriosos, com grandes festas frequentadas pela alta sociedade. Mas, segundo a lenda, em 1930 seus donos morreram atropelados e a herdeira acabou criada por um tutor. Ele teria espancado a menina e roubado seus bens, e o espírito da moça estaria vagando por ali até hoje. Hoje, a bela construção tem auditório, biblioteca, cabines com acesso gratuito à internet e videoteca com 3 000 títulos.

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Onde: Praia do Flamengo, 158, Flamengo, tel. 2205-0655. Terça a sábado (10h/20h) e domingo, (10h/18h).

9 – Rezar na igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé. Mesmo quem não é católico precisa visitar o templo. Instalado no epicentro do poder político brasileiro durante o período colonial e imperial, reunia em seu interior representantes da coroa e a aristocracia carioca. Em 1808, quando a monarquia portuguesa aportou aqui fugida das tropas de Napoleão Bonaparte, passou a ser frequentada por toda a família real. Foram sagrados ali dom João VI, dom Pedro I e dom Pedro II. Reformada, abriga passeios guiados em que paga-se R$ 5,00 por uma aula sobre o período imperial.

Onde: Rua 1º de Março, s/n, Centro, tel. 2242-7766.

10- Andar em um barco da I Guerra Mundial. O mais antigo navio em operação do mundo está no Rio. Trata-se do rebocador Laurinda, que operou durante batalhas no primeiro conflito mundial para a marinha brasileira. Atualmente, ele pertence ao Espaço Cultural da Marinha, na Praça XV, e realiza passeios pela Baía de Guanabara por apenas R$10,00. As saídas acontecem de quinta a domingo, às 13h15 e 15h15.

Onde: Avenida Alfredo Agache s/n, Praça XV, Centro, tel. 2233-9165

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