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Donos de restaurantes do Centro lideram movimento pela sobrevivência

Ação on-line incentiva cariocas a pedir delivery de estabelecimentos da região pelo menos uma vez por semana

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 25 nov 2020, 18h06 - Publicado em 24 nov 2020, 19h22
Às moscas: Avenida Calógeras, no Centro, no horário de almoço no início de novembro mostra lojas fechadas e quase nenhum movimento (Reprodução/Instagram)
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A advogada Ana Luiza Porphirio, 33 anos, já acompanha há alguns anos a preocupação da mãe, a empresária Maria Regina Fonseca, dona do Mitsue, na Avenida Beira-Mar, no Centro, acerca da queda do número de clientes.

A pandemia, no entanto, pareceu jogar uma pá de cal sobre os negócios do Centro da cidade, que já vinham abalados pela crise econômica.

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Com muitas empresas ainda em esquema de home office, a região, outrora pujante, está às moscas, literalmente, já que os comerciantes afirmam que até a limpeza feita pela Comlurb tem rareado por lá.

Acreditando numa reviravolta nesse cenário e no apoio de antigos clientes, Ana Luiza se juntou a Natalia Amado, também advogada, filha dos donos do restaurante Berinjela’s, para fundar o movimento Todos Juntos Pelo Centro do Rio.

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A campanha inicial incentiva todo carioca a consumir, pelo menos uma vez por semana, o delivery de um bar ou restaurante da região. A ação é um sopro de esperança para resistir à crise e manter as atividades.

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“Muitos donos de restaurantes do Centro já jogaram a toalha e fecharam, como a Casa Villarino, o Cazuela, o Beduíno e o Toledo’s Grill, que tinha três unidades na região. A situação dos empresários preocupa, mas também temos que pensar nas centenas de empregados desses estabelecimentos, que estão praticamente sem renda”, conta Ana Luiza.

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A advogada relata que procurou diversos candidatos a vereador antes do primeiro turno das eleições, mas nenhum deles quis se engajar na campanha. Há também, segundo ela, um completo descaso por parte da prefeitura com os comerciantes da área.

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“Antes da pandemia, o restaurante da minha mãe atendia cerca de 140 clientes por dia. Hoje, ela teve que substituir o esquema de refeições a quilo por a la carte e recebe em média 30 pessoas por dia. Soma-se a isso umas dez entregas. É uma situação insustentável. Para tentar salvar os negócios do Centro precisamos valorizar o delivery”, desabafa Ana.

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A ações do movimento podem ser acompanhadas pela página do Instagram.

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