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(Re)nasce um clássico: a Padaria Ipanema voltou

Com funcionamento 24 horas, a nova empreitada de Antônio Rodrigues tem cardápio além das fornadas e acumula filas em diversos horários

Por Elisa Torres
21 nov 2025, 07h08
Padaria Ipanema credito Dani Dacorso 4
 (Dani Dacorso/Divulgação)
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Conseguir uma mesa na nova Padaria Ipanema durante o dia é tarefa hercúlea e exige paciência. Por volta das 10h da primeira quinta-feira de funcionamento do empreendimento, a reportagem de VEJA RIO, composta por duas pessoas e robustos equipamentos de fotografia, recebeu olhares inquisidores ao ocupar uma mesa de quatro lugares no térreo. Madames do bairro, jovens em horário de trabalho, turistas e curiosos disputavam seu quinhão no imóvel centenário, de 600 metros quadrados divididos em três andares acessíveis por elevador panorâmico. O terraço, novidade desta encarnação, com teto retrátil e vista para a Praça Nossa Senhora da Paz, só abre às 12h. Outra mudança é o funcionamento 24 horas do empreendimento, renascido pelas mãos de Antônio Rodrigues, criador da rede Belmonte e espécie de Midas da boemia carioca. “Na hora do rush isso aqui parece a Fontana di Trevi”, compara. As primeiras fornadas saem pouco antes das 6h. “Temos vendido, em média, 20 000 pães por dia”, orgulha-se o visionário cearense, que livrou a casa da especulação imobiliária ao comprá-la no final de 2024.

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Roupa nova: após um ano de obras, a tradicional casa agora tem três andares, elevador panorâmico e terraço (Dani Dacorso/Divulgação)

Após quase um ano de obra, a revitalização manteve referências históricas do antigo negócio, construído em 1911, quando o hoje requintado bairro ó e vitrine do Rio para o mundo ó ainda era um areal quase deserto. Conhecido por revitalizar clássicos cariocas como o Cervantes e o Nova Capela, o empresário enxergou ali mais do que um negócio, uma missão de preservar a memória da cidade. “Lugares como esses não podem ficar fechados. Eles contam a história do Rio”, afirma. A transformação do que antes era apenas uma casa de pães em misto de confeitaria, rotisseria, bar e restaurante marca uma nova fase para o grupo Belmonte, que prepara a reabertura do Bar Luiz, na Rua da Carioca, e a inauguração de um polo gastronômico Dedicação: “Na hora do rush isso aqui parece a Fontana di Trevi”, diz Antônio Rodrigues, que chega às 5h30 e só sai à noite mico no Edifício Touring, na Praça Mauá, com filiais do japonês Azumi e do Il Piccolo. “A boa ocupação de imóveis históricos traz ordenamento, movimento e mais segurança”, ressalta o vereador Flávio Valle, presidente da Comissão de Turismo da Câmara Municipal e autor do projeto de lei que propõe conferir à Padaria Ipanema o título de bem cultural de natureza material.

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Dedicação: “Na hora do rush isso aqui parece a Fontana di Trevi”, diz Antônio Rodrigues, que chega às 5h30 e só sai à noite (Dani Dacorso/Divulgação)

No mais novo point o fluxo de clientes só desacelera depois das 23h ó os momentos de pico têm sido das 8h30 às 11h, entre 12h e 14h30 e das 16h às 19h. O cardápio vem mobilizando debates dentro e fora dos salões. Na cozinha, o chef Lucas Toledo aposta no “frango de padaria” (R$ 75,00, na loja, e R$ 99,00, para levar) como carro-chefe, servido em porção individual, com duas guarnições e molho. “A batatinha calabresa faz toda a diferença”, comentou a aposentada Teresa de Castro, moradora do Leblon e cliente antiga. “Está tudo mudado, sofisticado, mas gostei de saber que o ponto manteve a essência”, enlaçou. O menu vai do escabeche de mexilhões (R$ 79,00) ao bife ancho preparado no forno Josper, servido com purê de batata e mix de folhas (R$ 139,00). “Achei os preços muito salgados”, avaliou a advogada Luísa Rodrigues, que trabalha ali por perto. No entanto, ela pretendia voltar para um chope após o expediente. O garotinho Brahma, 170 mililitros, sai a 10 reais. Os doces são criação de Patrick Cavegn, que participou da primeira edição do Masterchef Confeitaria, no ano passado. “Tenho trabalhado das 7h às 22h, mas fico o tempo que for necessário para garantir que tudo saia com perfeição. É apaixonante ver um trabalho nascer”, derrete-se. Eis um bom negócio para a cidade.

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Pout-pourri: macarrons, charlotte, croissant, palmmier e expresso fazem sucesso na nova casa (Dani Dacorso/Divulgação)
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Para postar e provar

Quanto custa uma degustação de delícias

Palmier
(R$ 10,00)

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Croissant
(R$ 13,00, o tradicional e R$ 19,00, o de amêndoas)

Café expresso italiano (R$ 10,00, 40 mililitros; R$ 12,00, 80 mililitros)
Charlotte de frutas vermelhas (R$ 35,00)

Macarons (R$ 8,00, nos sabores chocolate 70%, framboesa, baunilha e mirtilo com ervas e maracujá; R$ 35,00 o de pistache)

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