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Racismo no Leblon: homem branco suspeito de furtar bicicleta é preso

Igor Martins Pinheiro, de 22 anos, tem 14 anotações por roubo desse tipo de equipamento

Por Da Redação
Atualizado em 17 jun 2021, 12h41 - Publicado em 17 jun 2021, 11h54
Imagem de câmera de segurança do Shopping Leblon mostra jovem roubando bicicleta ao fundo. Na calçada, muitas pessoas circulando
A prova: imagem de câmera de segurança do Shopping Leblon mostra o momento em que que Igor furta a bicicleta  (Reprodução/TV Globo)
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Policiais da 14ª DP (Leblon) prenderam preventivamente Igor Martins Pinheiro, de 22 anos, suspeito de roubar a bicicleta de Mariana Spinelli no mesmo bairro, no último sábado (12), próximo ao Shopping Leblon. Igor não é negro.

Agentes encontraram, no apartamento do suspeito, em Botafogo, Zona Sul da cidade, a bermuda que Igor usava quando praticou o crime, além de ferramentas como um alicate para abrir cadeados.

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De acordo com a Polícia Civil, Igor foi preso após ter sido reconhecido por um segurança do Shopping Leblon que prestou depoimento na delegacia. Ele tem 28 anotações criminais, 14 delas por roubo a bicicleta.

O instrutor de surf Matheus Ribeiro, que estava parado em frente ao shopping com uma bicicleta idêntica à que foi roubada, foi acusado de roubo por Mariana Spinelli e Tomás Oliveira.

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+ Matheus Ribeiro: “Se eu fosse branco, não teria passado por isso”

Matheus prestou depoimento na tarde desta quarta (16) e, ao sair da delegacia, o jovem negro afirmou que não pretender ter “ganhos pessoais” com o registro da ocorrência, mas sim conscientizar a população acerca do racismo estrutural. “Não quero que as pessoas levem o casal como símbolo de racismo, não foi erro deles. O erro é da sociedade”, afirmou o estudante de Educação Física.

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Tomás, que é branco, chegou a forçar a chave de sua tranca no equipamento de Matheus para provar que aquela era a bicicleta furtada a poucos metros dali. No entanto, a tranca não abriu. Matheus chegou a mostrar fotos em seu celular em que aparecia com a bicicleta, mas o casal não se convenceu.

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“A gente sabe que existe racismo estrutural no Brasil, isso é inegável. Mas nem sempre é o suficiente para se enquadrar no tipo penal”, afirmou a delegada Natacha Alves, responsável pelo caso.

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