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Queijos e iogurte produzidos por primos cariocas conquistam chefs

Patrick Bouzon e Enrico Leta investem na produção de mais de trinta variedades de queijo seguindo método italiano de fabricação

Por Daniela Pessoa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 jan 2017, 14h38 - Publicado em 8 jan 2017, 14h38
Crédito: Felipe Fittipaldi (/)
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Original da região da Puglia, a camada externa é feita de uma mussarela elástica, enquanto seu interior guarda um creme fresco e de textura bem macia. Em 2008, aos 28 anos, o administrador carioca Patrick Bouzon abandonou a carreira de consultor para se dedicar à produção da receita desse típico queijo italiano, a burrata. Viajou até lá, passou uma temporada fazendo cursos, investiu 150 000 reais em maquinário e importou até um mestre-queijeiro para montar a própria fábrica em Valença, bacia leiteira a 160 quilômetros da capital, no sul do estado do Rio. Hoje, ele e o primo Enrico Leta, de 35 anos, herdeiro de uma das mais importantes redes de supermercados da cidade, tocam a Vitalatte, que produz 7 toneladas de laticínios por dia. Além da burrata, responsável por 20% do faturamento, são feitas 35 variedades de queijo fresco e sem conservantes, já presentes em 2 000 pontos de venda em 21 estados. “Nosso grande diferencial, além do método italiano de fabricação, é a logística, que permite entregar os produtos fresquíssimos”, diz Bouzon.

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Poucos sabem, mas a marca da dupla também está presente nas principais cozinhas da cidade. Atualmente, os queijos são usados em receitas de 500 bares e restaurantes, como Fasano, Gero, Capricciosa, Puro e Riba. Para a chef Nathalie Passos, do Naturalie Bistrô, em Botafogo, o segredo dos jovens empreendedores é a qualidade artesanal. “A indústria tende a ter um produto inferior, mas os meninos produzem em grande escala sem perder o sabor”, afirma. Em 2014, a empresa lançou o iogurte grego Yorgus, adotado nos cardápios assinados por chefs estrelados como Claude Troisgros e Roberta Sudbrack. O nome foi emprestado de um colega grego que Leta conheceu na faculdade de administração, em Boston, nos Estados Unidos, e que preparava o próprio iogurte na cozinha do dormitório. No Brasil, Leta garante ser o único a seguir à risca a tradicional receita da Grécia — sem soro nem açúcar, e com a textura mais firme. O alto teor de proteína resultante do processo de produção do Yorgus, que tem também uma linha sem lactose, agrada ainda a outra turma: a fitness. Tem para todos os gostos, pelo visto.

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