Queda de árvore: prefeitura recebe 10 pedidos de análise de risco por dia
Eles já passam de 2.600 este ano; nesta terça (4), um adolescente teve um braço fraturado no tombamento de uma figueira centenária em Laranjeiras
De 1º de janeiro até esta terça (3), a prefeitura recebeu, pela central 1746, 2.637 chamados — cerca de dez por dia — de moradores da cidade preocupados com o risco de queda de árvores. Não é para menos, já que não são poucas as notícias de tombamentos, principalmente em dias de vento e chuva fortes. Nesta terça (3) de sol e sem rajadas, um adolescente de 15 anos ficou gravemente ferido ao ser atingido pelo galho de uma figueira que despencou na Rua General Glicério, em Laranjeiras, por volta das 13h. Talles Ferreira Gonçalves foi ferido na cabeça quando andava de bicicleta na via. Ele foi socorrido e levado em estado grave para o Hospital Municipal Miguel Couto, e segue internado e estável. Pelo menos dois carros também foram atingidos no acidente.
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Segundo Flávio Lopes, presidente da Comlurb, a queda da árvore em Laranjeiras foi causada por um “corte grosseiro das raízes”. Lopes explicou que o incidente ocorreu devido a uma “intervenção inadequada” realizada por um morador para a construção de um canteiro: “Quando a pessoa cortou as raízes da árvore, ela ficou sem sustentação e acabou caindo”, disse ele ao jornal O Globo, acrescentando que, normalmente, quando uma árvore cai por acidente, suas raízes saem do solo e puxam a calçada, o que não ocorreu neste caso, indicando que as raízes foram cortadas intencionalmente.
A Comlurb informou que a última poda da árvore foi realizada em 2013. Desde então, intervenções nas raízes, incluindo a construção recente de um canteiro, foram feitas por moradores, mas sem fiscalização técnica. Um registro de ocorrência foi aberto pela concessionária na 10ª DP (Botafogo) para investigar os responsáveis pela poda.
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De acordo com a prefeitura, 87% dos casos relativos às árvores com suposto risco de queda registrados no 1746 foram atendidos e 8% dependem de apoio da Light para garantir a segurança dos garis durante a execução do serviço. Os demais casos estão na programação para atendimento. O mês com mais reclamações foi janeiro (541 chamados), seguido por março e fevereiro – não por acaso os de verão, época em que os temporais são mais frequentes. O bairro com mais chamados em 2024 foi Campo Grande, na Zona Oeste, com 225 reclamações, seguido por Tijuca (106), Barra da Tijuca (101), Bangu (79) e Recreio dos Bandeirantes (76).
Confira outros chamados referentes a árvores no 1746:
Fiscalização de corte de árvore ou sacrifício de árvore – 1.053 chamados
Poda de árvore em logradouro – 19.350 chamados
Remoção de árvore em logradouro – 3.568 chamados
Solicitação de plantio de árvore em área pública – 657 chamados