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Point boêmio, Praça da Bandeira ganha fôlego com novos negócios

Na trilha do pioneiro bar Aconchego Carioca, o bairro ferve com a chegada de casas cervejeiras e de boa cozinha e atrai chefs e empresários do setor

Por Carol Zappa
Atualizado em 27 Maio 2017, 12h01 - Publicado em 27 Maio 2017, 12h01
Kátia Barbosa e Emerson Pedrosa no Kalango: vizinhança disputada (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)
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Kátia Barbosa e Emerson Pedrosa
Kátia Barbosa e Emerson Pedrosa no Kalango: vizinhança disputada (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

Há quinze anos, Rosa Ledo e o ex-marido abriram um boteco na então erma Rua Barão de Iguatemi. Depois, Kátia Barbosa assumiu o lugar do irmão no negócio, ao lado da cunhada, inventou seu famoso bolinho de feijoada, e o resto é história. O notório sucesso do Aconchego Carioca atraiu público e concorrentes para a Praça da Bandeira — e a chegada recente de outras empreitadas confirma a vocação da região. Em pouco mais de um ano, foram abertos o Dida Bar, batizado com o apelido da simpática anfitriã, que cuida da cozinha afro-brasileira, o Hop Lab, com sua robusta lista de cervejas artesanais, e o All In Sports, inspirado nos bares americanos para fãs de esportes. Caçula, o B.B. Burguer Beer tem menos de um mês de funcionamento. “Escolhemos o ponto por ser um destino já concorrido”, diz a sócia Gabriela Garcia.

Pioneira nesse burburinho, a própria Kátia decidiu (re)começar por lá. Fundou o Kalango no fim de março, com o chef Emerson Pedrosa. “Considero nossa missão cumprida no Aconchego. Há quinze anos tento atualizar o cardápio, mas as pessoas não deixam. Quis voltar para a cozinha”, explica. Seu despretensioso botequim amplia as fronteiras do “baixo Barão de Iguatemi”, ocupando uma área ainda maltratada. “Quando chegamos era tudo assim, mas a prefeitura investiu. Falta olhar para esse lado de cá”, diz. Pedrosa, seu sócio, que já trabalhou no vizinho Bar da Frente e com a cozinheira Roberta Sudbrack, conta que foi procurado por conhecidos atrás de lojas disponíveis no entorno. Jovem e talentoso mestre-cuca, Elia Schramm, ex-Laguiole, está nesse time. “O lugar tem potencial para pequenos negócios, de custo baixo, com personalidade, nos moldes do Kalango. Tem tudo para virar uma Tubira”, diz, comparando a Praça da Bandeira com a rua do Leblon que, antes dominada por mecânicas, virou point. Melhor para o freguês.

Dez dicas para visitar a Praça da Bandeira
(Infográfico/Veja Rio)
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