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PM prende 16 pessoas e apreende 9 fuzis depois de confronto no Rio

Uma mulher de 25 anos morreu ao tentar proteger o filho

Por Agência Brasil
28 ago 2020, 09h56
Operação: a ação resultou em 16 presos e na apreensão de nove fuzis, dez pistolas, 42 granadas, munições e drogas (Exame/Abril/Reprodução)
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Depois de mais de 24 horas de terror, com mortos, presos e famílias feitas reféns por bandidos em fuga, a Polícia Militar (PM) do RIo de Janeiro diz que conseguiu controlar a tentativa de invasão ao Complexo de São Carlos, na região central da capital.

A operação resultou em 16 presos e na apreensão de nove fuzis, dez pistolas, 42 granadas, munições e drogas. Dois suspeitos morreram em confronto.

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Confronto

Pelo menos 150 homens, de várias comunidades ligadas à facção criminosa Comando Vermelho saíram na tarde desta quarta-feira (26) para tomar os pontos de venda de drogas no São Carlos, ligado à facção Terceiro Comando Puro (TCP). A maioria dos criminosos saiu da favela da Rocinha, na zona sul, que tem um poderio de armas e  munições de grosso calibre, como fuzis e pistolas automáticas.

Os criminosos foram para o Rio Comprido, que fica perto do Complexo de São Carlos, para dominar a comunidade. No início da tentativa de invasão, houve troca de tiros, explosões de granadas e invasão de prédios e residências no Rio Comprido e na própria comunidade de São Carlos, fazendo de reféns famílias. O tiroteio durou até de madrugada desta quinta (27).

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A tropa de elite da Polícia Militar foi acionada e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque e Ações com Cães começaram as buscas aos criminosos. A Polícia Militar não usou helicópteros, seguindo a restrições às operações durante a  pandemia de covid-19, em comunidades do Rio de Janeiro.

Morte

Uma das vítimas foi Ana Cristina da Silva, 25 anos, que saía de casa acompanhada do filho de três anos, para o trabalho, quando começou uma troca de tiros entre traficantes rivais. Ela protegeu o filho com o próprio corpo e acabou baleada duas vezes, morrendo, devido aos ferimentos. A criança não sofreu ferimentos.

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Reféns

Durante a madrugada, por volta das 2h, um criminoso em fuga entrou em prédio na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido, e fez uma família refém. Avó, filha e neta ficaram quase cinco horas no apartamento com o criminoso. Ele fez contato com o irmão, o pai e a ex-mulher e se entregou à equipe de negociadores do Bope, na presença da família. Renato Fortunato da Costa, 29 anos, estava ferido de raspão, devido ao confronto no São Carlos, mas estava bem. A família refém nada sofreu.

No início da tarde, cinco criminosos que faziam refém uma família no morro de São Carlos gravaram um vídeo e avisaram aos familiares por telefone, informando que iriam se entregar sem confronto com a polícia. Militares do Batalhão de Choque prenderam os cinco criminosos.

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Por volta das 16h, mais quatro criminosos em fuga fizeram uma senhora refém, moradora do Estácio. Ela estava em casa sozinha. Os militares do Bope negociaram a libertação da refém e a entrega dos criminosos. Os quatro se entregaram, sem reação. A mulher recebeu atendimento do Corpo de Bombeiros, devido ao estado de choque, mas passa bem. Três dos criminosos foram levados para a delegacia e o quarto para o Hospital Municipal Souza Aguiar (HMSA), pois estava com uma fratura na perna, ocasionada quando fugia do morro de São Carlos.

 

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