Gávea pode ganhar parque sustentável com lojas e até residências
Projeto foi aprovado em primeira discussão na Câmara Municipal mas receberá emendas. Associação de moradores é a favor da proposta
Um terreno de 25000 metros quadrados, desativado há quase 40 anos na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, um dos pontos mais nobres da cidade, pode ser transformado em um parque sustentável. É o que prevê um projeto de lei de autoria do Poder Executivo que está em discussão na Câmara Municipal.
+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui
Na manhã desta sexta (28), o vereador Átila Nunes (DEM) organizou um debate com representantes da Prefeitura do Rio, associações de moradores e comerciantes do bairro, além de parlamentares, para tratar sobre o projeto, que foi aprovado em primeira discussão na Câmara mas receberá emendas antes de entrar na pauta para a segunda e última votação.
O secretário de planejamento urbano, Washington Fajardo, participou da reunião e afirmou que o modelo poderá ser replicado também nas zonas Oeste e Norte da cidade.
+ Avós e netos experimentam reencontros emocionantes pós-vacinação
“Precisamos discutir os benefícios que a cidade terá com a implantação do parque sustentável e buscar um consenso que atenda os interesses dos moradores e comerciantes da região. O projeto permite o uso do parque para o público em geral e ao mesmo tempo possibilita a ocupação do local com lojas, salas comerciais e residências”, disse Átila Nunes.
De acordo com o proposta, de 2014, a prefeitura do Rio não teria nenhum gasto na construção do parque, tampouco na de salas comerciais e residências. Todo o empreendimento seria patrocinado e mantido pela iniciativa privada.
+ Em tempos de pandemia, centros culturais investem em podcasts
O presidente da Associação de Moradores e Amigos da Gávea (Amagávea), René Hasenclever, apoia a criação do parque e o uso do terreno que está abandonado desde a década de 1980. “São muitos anos de abandono e desperdício de uma área tão importante para os moradores. Essa solução valoriza o nosso bairro.
+ Luta abolicionista ganha os palcos em duas peças no Leblon
Carlos Affonso Ribeiro, presidente da Associação de Moradores da Rua Embaixador Carlos Taylor (Amecat), vizinha ao terreno que deverá abrigar o parque sustentável, também acredita que a instalação do parque trará benefícios à vizinhança. “O mais importante é a geração de empregos que pode vir com o projeto”, afirma.
Um abaixo-assinado pedindo o estabelecimento do parque, criado pelo vereador Pedro Duarte (Novo) já conta com mais de 2 700 assinaturas.