Que ano é hoje? Remake de Pantanal, gim na moda e agora até a Mesbla voltou

Onda nostálgica traz de volta modismos de outras décadas. Efeito é potencializado por sentimentos que foram represados durante o período crítico da pandemia

Por Redação VEJA RIO SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 4 Maio 2022, 18h57 - Publicado em 4 Maio 2022, 18h57

Alanis Guillen empunha uma espingarda, na pele da personagem Juma, de Pantanal. — Alanis Guillen: atriz vive Juma, uma das protagonistas, no remake da novela Pantanal - (João Miguel Jr./TV Globo)

Que ano é hoje? O anúncio de que a loja de departamentos Mesbla, fechada em 1999, está de volta (agora como e-commerce), acendeu mais uma vez a luz: a nostalgia está na ordem do dia. O sucesso do remake da novela Pantanal e o resgate de bebidas como o gim e o Campari só reforçam essa tese.

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Recentemente, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten, fundador da rede social que leva seu nome (que foi criada em 2004 e durou até 2014), reativou o domínio Orkut.com e deixou no site uma carta, prometendo novidades em breve, o que deixou os millenials alvoroçados. Tendências da moda dos anos 2000 também estão de volta, como a cintura baixa, os óculos de lente colorida e o bucket hat, entre outras.

Revivals são fenômenos recorrentes no mundo da cultura e do entretenimento. Traz uma sensação de familiaridade que dá uma ideia de conforto. Conforme a artista Vivian Caccuri observou recentemente, o crítico musical Simon Reynolds defende que “o pop contemporâneo é viciado em seu passado e necessita dele para criar novos produtos culturais”. De acordo com ele, os revivals acontecem desde a década de 70.

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Some-se a isso o que o vem sendo chamado de efeito champanhe. A ideia é que tudo que foi represado por causa da pandemia explodiria conforme a normalidade (ou quase) fosse voltando. Essa era a expectativa da retomada de setores ligados ao lazer, turismo e entretenimento, que vem se confirmando, com eventos com ingressos lotados em minutos, como foi o caso do Rock in Rio, por exemplo. Na programação, artistas que tiveram o auge do sucesso décadas atrás. E isso não só no Brasil, mas no mundo.

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Somando-se a sensação de conforto trazida por essa volta ao passado à vontade viver tudo aquilo que não foi possível durante o período de isolamento e outras restrições, tem-se uma fórmula predestinada a fazer sucesso. Mas é claro que nem todo mundo acha graça nessa nostalgia todo. A revisora de textos Aline Canejo brincou no Facebook com a onda retrô: “Remake de “Pantanal” na TV, Mesbla voltou e gim tá na moda. Quando chegar aquele futuro dos Jetsons, vocês me avisam?”.

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