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Em obra desde 2010, prédio do MIS já tem ferrugem antes de inaugurar

Retomadas no fim de 2021, obras estão previstas para terminar este ano. Alguns contratos, no entanto, ainda não foram reativados para finalização do museu

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
13 abr 2023, 16h12

Mais de dez anos se passaram – e muitas águas rolaram no Rio – desde o início da construção da nova sede do Museu da Imagem e do Som, na famosa orla de Copacabana. No fim de 2021, as intervenções para finalmente entregar o MIS retornaram e têm previsão de término para este ano. No entanto, a retomada segue a passos lentos e com alguns percalços. Após quase seis anos de paralisação das obras, equipamentos enferrujados foram encontrados no local.

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Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o relatório da empresa portuguesa Seveme, responsável por importar um material especial para compor o sistema de fachadas e esquadrias, revela que algumas partes dos painéis de cobogó foram destruídas devido à exposição indevida. As estruturas são uma das marcas do projeto do escritório Diller Scofidio, de Nova York, que venceu o concurso de arquitetura promovido para a nova sede do museu. “É notória na maioria dos painéis um acentuado dano causado pelas águas contaminadas e também pela exposição não prevista às condições climáticas”, afirma o documento de 2021.

Corrimãos enferrujados, vidros manchados devido a infiltrações ou quebrados por má conservação também foram apontados pelo relatório. As peças dos painéis não foram trocadas, uma vez que o contrato da Seveme, assinado em 2013, ainda não foi reativado. A responsabilidade dos contratos é das secretarias de Infraestrutura e Cidades (Seic), Cultura e da Fundação Roberto Marinho, parceira no projeto que investiu $ 71 milhões por meio de leis de incentivo fiscal. Outras etapas da obra também são afetadas pela falta de licitação, como a instalação das divisórias acústicas.

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O governo estadual não respondeu aos questionamentos da Folha sobre os equipamentos enferrujados e a gestão dos contratos e afirmou somente que “as obras são de grande complexidade” e que as esquadrias e fachadas passarão por limpeza. Segundo eles, estão em andamento também as intervenções nas instalações hidráulicas, elétricas e de refrigeração, além das implantações de revestimentos, sistemas de iluminações, controles e distribuições. “Outras contratações complementares estão sendo feitas, por meio de licitação, com edital e orçamentação em curso, razão pela qual ainda não é possível definir os valores”, afirmou o governo em nota.

Iniciadas em 2010, durante a segunda gestão de Sérgio Cabral, as obras do MIS tinham previsão inicial para o fim de 2012, mas sofreram com atrasos e foram encerradas em 2016. Em dezembro de 2021, o governo de Cláudio Castro entregou à MPE Engenharia, empresa vencedora da licitação, um documento que autorizava o reinício das intervenções. A previsão era que tudo ficasse pronto até o fim de 2022. Ao assumir seu novo mandato, em janeiro deste ano, Castro afirmou que a entrega do museu está entre as prioridades do seu governo e que ainda faltava a conclusão de 18% do processo.

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Atualmente, devido aos atrasos e sucessivos contratos, o projeto já atingiu mais de R$ 190 milhões em compromissos firmados. Vale lembrar que, em 2009, o projeto era estimado em R$ 70 milhões (R$ 124 milhões em valores atualizados). O custo total das obras ainda é incerto. Irregularidades também foram observadas pelo TCE do Rio no pagamento da Compass Build Control, responsável pela fiscalização e monitoramento da retomada da obra. A empresa recebeu os valores como inicialmente previsto – mas a extensão do prazo de conclusão pode impactar em novos custos.

A expectativa é que o prédio, no fim, tenha um primeiro piso com uma livraria e um café e os demais andares com instalações modernas para exposições, seguindo parâmetros dos melhores museus internacionais. Ainda está previsto um restaurante panorâmico no quinto andar e um cinema a céu aberto na cobertura.

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